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quarta-feira, 10/12/2025

Protesto apoia Glauber após confusão na Câmara

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Na tarde desta quarta-feira (10/12), um grupo de manifestantes ocupou o Anexo 2 da Câmara dos Deputados em demonstração de apoio ao deputado Glauber Braga (PSol-RJ), um dia depois de o parlamentar ter sido retirado à força do plenório por agentes da Polícia Legislativa. Levando bandeiras e cartazes com a hashtag #GlauberFica, os manifestantes entoaram palavras de ordem como “Motta sai, Glauber fica”, apontando para o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A manifestação acontece na véspera da sessão que decidirá o futuro político do deputado do PSol. Hugo Motta agendou para hoje a votação da cassação dos mandatos de Glauber Braga e da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A situação do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) deverá ser julgada na próxima semana.

Retirada de Glauber do plenário

A tensão na Câmara voltou a crescer na terça-feira (9/12), quando Glauber Braga se colocou na cadeira da presidência da Mesa Diretora em sinal de protesto contra a inclusão de sua cassação na pauta. O ato ocorreu minutos antes da sessão que votaria o projeto de lei da Dosimetria — que reduz as penas de Jair Bolsonaro e outros condenados pela tentativa de golpe.

Vídeos gravados dentro do plenário mostram agentes legislativos retirando Glauber à força, enquanto parlamentares protestavam e outros filmavam o momento. Antes da ação, jornalistas foram expulsos do plenário e a transmissão da TV Câmara chegou a ser cortada por ordem da Mesa Diretora.

“O objetivo deles é me calar. Mas vou falar. Vou usar cada minuto do tempo destinado à minha defesa”, declarou Glauber em suas redes sociais nesta quarta-feira.

Na noite anterior, após ser removido do plenário, Glauber afirmou que solicitou apenas “1% do tratamento” que, segundo ele, Hugo Motta teria dado a deputados bolsonaristas que ocuparam o plenário em agosto para protestar contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

Glauber Braga está sendo acusado de quebra de decoro parlamentar. Em abril de 2024, ele expulsou com chutes o militante Gabriel Costenaro, do Movimento Brasil Livre (MBL), dentro da Câmara — episódio que originou o processo disciplinar.

A votação sobre a cassação ocorrerá às 15h55. Caso perca o mandato, o deputado ficará inelegível por oito anos. Manifestantes e aliados prometem continuar presentes na Câmara até o fim da sessão.

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