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terça-feira, 23/09/2025

Proteína ligada ao envelhecimento do cérebro é descoberta

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O processo natural de envelhecimento traz várias alterações no corpo, mas as modificações no cérebro, especialmente na região do hipocampo, que é fundamental para memória e aprendizado, despertam ainda mais interesse.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, identificaram uma proteína que parece desempenhar um papel central nesse fenômeno, o que pode abrir portas para tratamentos no futuro.

Essa proteína é a FTL1, que está relacionada ao metabolismo do ferro. Em testes realizados com camundongos, os pesquisadores notaram que os animais mais idosos apresentavam níveis elevados dessa proteína, juntamente com uma redução nas conexões entre os neurônios e um desempenho inferior em testes de memória.

Saul Villeda, diretor associado do Instituto de Pesquisa do Envelhecimento Bakar da UCSF e autor sênior do estudo publicado na revista Nature Aging em 19 de agosto, afirmou: “Estamos encontrando mais possibilidades para amenizar os efeitos negativos da idade. Este é um momento promissor para os estudos sobre a biologia do envelhecimento.”

Experimentos demonstram a influência da proteína

Para compreender melhor a função da FTL1, os cientistas elevaram seus níveis em camundongos jovens. Os resultados indicaram que o cérebro e o comportamento desses animais passaram a se assemelhar aos dos roedores mais velhos.

Em laboratório, neurônios programados para produzir grandes quantidades da proteína mostraram-se menos complexos, com menos ramificações.

Por outro lado, quando os pesquisadores reduziram a quantidade de FTL1 no hipocampo dos camundongos idosos, observaram melhorias. Os animais recuperaram conexões nervosas e apresentaram melhor desempenho nos testes de memória.

O bloqueio da proteína também parece impedir a desaceleração do metabolismo cerebral, um dos efeitos comuns do envelhecimento.

Villeda comentou: “Trata-se de reverter deficiências, indo muito além de simplesmente atrasar ou prevenir sintomas.”

Embora esses resultados sejam limitados a estudos com animais até o momento, os pesquisadores acreditam que entender o papel da FTL1 pode ser fundamental para desenvolver medicamentos que protejam o cérebro humano do declínio cognitivo causado pela idade.

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