O Hospital de Base (HBDF) atende aproximadamente 2.600 pessoas com câncer por mês, incluindo 180 vagas para pessoas em sua primeira consulta.
Segundo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o hospital oferece tratamentos como quimioterapia, imunoterapia para melanoma, terapias-alvo, anticorpos monoclonais e bloqueios hormonais. Além disso, conta com uma equipe multiprofissional que inclui psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas especializados em oncologia, fisioterapeutas, dentistas e enfermeiros especializados.
Pacientes internados recebem apoio de um grupo voluntário chamado Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC), criado em 1994 para oferecer auxílio material e emocional a pacientes em situação vulnerável no HBDF.
São 85 voluntários que distribuem cestas básicas, kits de higiene e outros itens necessários durante o tratamento. O projeto é mantido por doações e pela venda de roupas usadas em um bazar localizado no hospital. O MAC também organiza oficinas de bijuterias e crochê para os pacientes internados.
Apoio emocional e desafios
Os voluntários não fornecem apenas itens materiais, mas também oferecem suporte emocional, conversando e fazendo companhia aos pacientes. Eventos temáticos são promovidos para fortalecer o acolhimento. De segunda a sexta-feira, durante sessões de quimioterapia e radioterapia, são servidos 600 lanches diariamente para os pacientes.
Lilian Rejane Silva, presidente do MAC, é voluntária há 26 anos. Após vencer um câncer de mama há 32 anos, ela se mudou para Brasília e aderiu ao movimento. Ela compartilha que, embora no início tenha sido difícil, a sua experiência é de amor e serviço.
Ela relembra os desafios enfrentados nos anos 1990, quando muitos pacientes chegavam com feridas graves, afirmando que hoje o tratamento evoluiu muito e as condições melhoraram.
Acolhimento
Maria de Lourdes Gomes do Nascimento, voluntária que enfrentou leucemia em 2008, foi inspirada pelo acolhimento que recebeu durante sua internação e decidiu se juntar ao projeto após sua cura. Ela convida outras pessoas a se envolverem, destacando que há várias funções para quem quiser ajudar, como cuidar do bazar, recolher doações, acompanhar pacientes e servir lanches.
André Luiz Góes Oliveira, voluntário há oito anos, também encoraja a participação nas ações sociais, ressaltando que o bazar é aberto ao público e ajuda a arrecadar fundos para o projeto. Ele conta que sua experiência pessoal com um tumor na coluna o motivou a se tornar voluntário, e acredita que o voluntariado é uma maneira de transmitir amor e apoio.
Como fazer doações
O MAC aceita doações de roupas, alimentos e outros itens para o bazar e para cestas básicas. Todo material pode ser entregue no escritório do MAC, localizado no estacionamento 2 do hospital. Para solicitar recolhimento em casa, o telefone é (61) 99219-3998.
Este projeto é fundamental para o suporte dos pacientes oncológicos do Hospital de Base, garantindo mais conforto e atenção durante um período delicado da vida.