O Programa Humanizar, lançado em 2019 pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) e idealizado pela primeira-dama Mayara Noronha Rocha, celebra seis anos de cuidados especiais para os pacientes no Distrito Federal. Antes mesmo da humanização ser uma política nacional, o programa já promovia atenção cuidadosa e acolhedora, vendo o paciente como uma pessoa completa, não apenas um tratamento médico.
Em 2025, a Lei nº 15.126 reforçou a importância desse olhar humano no atendimento nas unidades de saúde de todo o país. Essa lei exige que todos os serviços de saúde adotem acolhimento, empatia e comunicação clara como parte do cuidado. Nos hospitais e unidades geridos pelo IgesDF, como o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria e as Unidades de Pronto Atendimento, esses valores já fazem parte do dia a dia há anos.
Cleber Monteiro, diretor-presidente do IgesDF, destaca que o programa é essencial para o instituto: “Acreditamos que a saúde pública deve tratar o paciente como um ser humano completo, com seus medos e esperanças. O SUS reconhece a humanização como fundamental, mas aqui no IgesDF já praticamos isso há seis anos.”
Foco no cuidado humano
Hoje, 136 profissionais dedicam-se todos os dias para garantir atenção e escuta atenta aos pacientes, das 7h às 22h. Para Mayara Noronha Rocha, o programa nasceu de sua experiência buscando um atendimento melhor para seu filho recém-nascido. “Percebi a necessidade de um cuidado mais humano e acolhedor, e ver isso virar lei é a prova de que estamos no caminho certo”, diz ela.
Anucha Soares, gerente-geral de Humanização e Experiência do Paciente, afirma que o programa impacta diretamente os usuários: “O Humanizar é enxergar o paciente além da doença, transformar o cuidado em acolhimento e o serviço público em ambiente de empatia e dignidade.”
Letícia Ângelo, chefe do Núcleo de Humanização, explica que a presença constante dos profissionais cria uma relação de confiança e segurança. “Estar ao lado do paciente e da família é mostrar que eles não estão sozinhos, essa é nossa missão diária.”
Depoimentos que inspiram
Josiane Gonçalves dos Reis, 38 anos, conta que ao chegar ao Hospital de Base sentindo medo e dor, foi acolhida por uma profissional que segurou sua mão, explicou tudo e trouxe calma. “Aquilo mudou tudo para mim.”
Arleide Maria Stemler, 63 anos, destaca a importância do acompanhamento cuidadoso: “Achei que estava sozinha numa situação difícil, mas a equipe do Humanizar esteve comigo o tempo todo, ajudando até com detalhes simples. Isso faz toda a diferença.”
O Programa Humanizar é agora um exemplo nacional de cuidado humanizado, inspirando outras redes de saúde. Para Mayara Noronha Rocha, “humanização não é um extra, mas parte fundamental do atendimento. No olhar de cada paciente acolhido, vemos que a saúde deve unir técnica e afeto.”
Informações do IgesDF