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terça-feira, 21/10/2025

Programa Família Acolhedora oferece amor e cuidado a crianças vulneráveis

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O programa Família Acolhedora foi criado para proporcionar um ambiente seguro e cheio de afeto para crianças e jovens que vivem situações difíceis, afastados de suas famílias por ordem da justiça. A ação é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, em parceria com o Grupo Aconchego.

Desde 2019, aproximadamente 260 crianças e adolescentes foram apoiados por este programa, que hoje conta com 101 famílias autorizadas a receber essas crianças. O Governo destinou cerca de R$ 16 milhões para manter essa política que inclui suporte psicológico, social e educacional para as famílias participantes.

“Se eu pudesse definir o programa em uma palavra, seria afeto”, destaca Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social. “São famílias dispostas a acolher temporariamente essas crianças que sofreram violações de direitos, oferecendo amor e um ambiente familiar que contribui para o seu crescimento e desenvolvimento.”

Este serviço é uma medida protetiva, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, para casos em que direitos dessas crianças são ameaçados ou violados. Diferente da adoção, o acolhimento tem caráter temporário e visa a reintegração familiar ou encaminhamento para novas famílias.

Segurança e cuidado

Alvanir Alves, bancário, de 47 anos, e seu esposo, Ricardo Fabrício, advogado de 30 anos, começaram a participar do programa em fevereiro. Em junho, receberam o pequeno Pedro, de 6 anos, em casa. Desde então, a rotina do casal se adaptou para atender às necessidades da criança, incluindo educação e atividades diárias. “Nosso papel é dar a ele uma experiência familiar durante esse período de transição”, explica Alvanir.

Pedro, que nunca havia ido à escola, agora estuda, brinca e se exercita. “É emocionante ver o progresso dele, desde formar palavras até ler uma frase inteira”, conta Alvanir. “Mesmo sendo um período temporário, a satisfação de contribuir para a vida dele é enorme.”

As crianças ficam no acolhimento por até 18 meses. Para Alvanir, isso não deve impedir outras pessoas de participar: “A alegria de fazer a diferença supera a tristeza da despedida. Esse cuidado ajuda as crianças a passar por fases delicadas com amor e respeito, como se fossem parte da família.”

Como participar

Para se tornar uma família acolhedora, é necessário ter mais de 18 anos, morar no Distrito Federal, não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção, ter condições adequadas para cuidar da criança e ter o consentimento de todos os membros da família. O processo inclui capacitação e acompanhamento psicológico e social durante o período do acolhimento, que pode durar até 18 meses.

Interessados podem obter informações e se inscrever por meio dos canais oficiais. Após a inscrição, há uma entrevista com profissionais, uma capacitação online ou presencial de seis semanas, visita domiciliar para avaliação do ambiente e, por fim, a habilitação para acolher uma criança ou adolescente temporariamente.

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