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domingo, 07/12/2025

Programa de proteção para testemunhas sugerido pela PF a Cid

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Em Brasília

O Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, conhecido como Provita, foi criado em 1999 no Brasil através de uma lei federal (9.807/99) que estabelece medidas de proteção para vítimas e testemunhas que correm riscos devido à sua participação em investigações ou processos criminais.

Esse programa reúne ações conduzidas pela União para garantir segurança e apoio às pessoas que enfrentam ameaças ou coações por colaborarem com a justiça.

Recentemente, a Polícia Federal recomendou que o tenente-coronel Mauro Cid e seus familiares sejam incluídos neste programa. Cid está envolvido nas investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Atualmente, existem cerca de 500 pessoas protegidas pelo programa, entre testemunhas e seus familiares, seja no âmbito estadual ou federal.

Qualquer pessoa interessada, ou representantes do Ministério Público, autoridades policiais, juízes ou órgãos de direitos humanos podem solicitar a inclusão no programa.

Os pedidos são avaliados por uma equipe especializada que analisa o risco e a importância da proteção, considerando a gravidade das ameaças e a contribuição para a investigação.

Depois dessa avaliação, um Conselho Deliberativo se reúne mensalmente para decidir sobre a aprovação dos casos.

Podem participar do programa:

  • Vítimas;
  • Testemunhas;
  • Réus colaboradores sem prisão;
  • Cônjuges, companheiros(as), parentes próximos que convivam com a vítima ou testemunha, mesmo que não estejam ameaçados;
  • Familiares de réus colaboradores presos que sofram ameaças por conta da colaboração.

Como funciona a recomendação para Cid

A Polícia Federal comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de inclusão do tenente-coronel Mauro Cid e seus familiares no programa de proteção. Cid foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e firmou acordo de colaboração premiada relacionado ao processo da tentativa de golpe de Estado.

O ministro Alexandre de Moraes, responsável por homologar o acordo, encaminhou essa solicitação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para uma manifestação.

Durante a negociação da colaboração, a defesa de Cid solicitou proteção por agentes da Polícia Federal, embora isso não estivesse previsto inicialmente no programa.

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