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quinta-feira, 26/06/2025




Professora solta envia áudios emotivos a alunos após acusação de furto

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Em Brasília

A professora temporária Thallyta Silva Almeida, de 29 anos, que está sob investigação por furtar cartões de seus colegas, enviou mensagens em áudio a alguns alunos da Escola Classe 308 Sul logo após sua liberação da delegacia onde estava detida.

Nos áudios obtidos inicialmente pela coluna Na Mira, Thallyta se apresenta como vítima da situação. Em uma das mensagens, ela expressa: “A tia não está muito bem, não, sabe? Foi muito injusto tudo o que aconteceu”. Em seguida, ela enaltece um aluno dizendo que ele é incrível.

Em outra gravação, com a voz embargada, Thallyta se dirige a um aluno dizendo: “Você vai estar sempre no meu coração. Sempre. Se a tia pudesse cuidar de você, eu cuidaria, mas você sabe como é a sala. Mas eu acredito no seu potencial, se esforça, estuda”.

Para uma estudante, a professora desejou: “Espero te encontrar nos próximos anos na educação e quero ver você bem na ginástica”. Ainda nesta mensagem, ela comenta humildemente: “Eu não sou tão boa quanto parece”.

Detalhes do caso

Thallyta Silva Almeida foi presa na segunda-feira, 23 de junho, e liberada após pagar uma fiança de R$ 3 mil. Logo após sua prisão, a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) a afastou das funções.

Durante as investigações da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), os agentes apreenderam com a professora um iPhone 13, uma garrafa térmica, roupas de marcas variadas e uma bolsa de academia.

As autoridades descobriram que ela se aproveitava da distração das vítimas para subtrair cartões de crédito das bolsas e fotografá-los. Posteriormente, utilizava essas informações para realizar compras online.

Em 2024, Thallyta já havia sido detida por policiais civis da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) pelo mesmo delito, enquanto estava em estágio em órgãos do governo federal.

Em fevereiro do ano passado, ao cometer crimes semelhantes contra quatro vítimas, a professora realizou compras em lojas localizadas na Asa Norte e em plataformas digitais.

Após a última prisão, colegas da professora relataram que Thallyta está acusando-os de assédio. Segundo testemunhas, ela ligou para as vítimas e outros docentes pouco depois de sair da delegacia.

Uma das nove vítimas afirmou em entrevista à coluna Na Mira que a escola não cometeu assédio, pelo contrário. Ela está acusando as vítimas de assédio moral, tentando invertar a culpabilidade e liga para alunos chorando e se vitimizando, destacou uma testemunha.

Estilo de vida exibido

Thallyta Silva Almeida aparentava ostentar uma condição financeira acima da real, adotando um estilo de vida e exibindo bens que sugerem riqueza.

Nas redes sociais, ela se apresenta como historiadora e pedagoga formada pela Universidade de Brasília (UnB), e compartilha fotos de viagens internacionais e uma rotina de exercícios usando roupas adquiridas com recursos ilícitos.

Investigação de hábitos e gastos

Após as duas prisões, ficou evidente a preferência de Thallyta por algumas marcas específicas, tais como Live, Under Armour, Amor de Peça, Froz, Farm, Adidas, acessórios da Gocase e maquiagens das marcas Boca Rosa e Virgínia – Wepink.

Além das roupas e cosméticos, testemunhas relataram que a professora chegou a quitar a mensalidade da academia com um dos cartões que furtou.




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