Thallyta Silva Almeida, ex-professora temporária da rede pública do Distrito Federal, foi detida pela terceira vez, na noite de quarta-feira (30/7), após tentar comprar joias avaliadas em mais de R$ 200 utilizando um cartão de crédito roubado em um shopping de Santa Maria.
No dia anterior, ela havia furtado cartões de alunos e funcionários de uma academia denominada Smart Fit, localizada na Asa Sul. Investigação revelou que na semana passada, Thallyta também havia roubado cartões na academia Evolve, em Santa Maria.
A prisão ocorreu quando uma equipe do 26º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) abordou a suspeita em seu veículo. Dois cartões roubados foram encontrados com ela. Em seguida, Thallyta foi levada à 20ª Delegacia de Polícia (Gama) para o registro do caso. Em sua residência, mais três cartões roubados foram descobertos pelos policiais.
Em 26 de junho, Thallyta já havia sido presa em flagrante por furto com fraude. Ela também é investigada por fotografar cartões de crédito de colegas na Escola Classe (EC) 308 Sul e usar essas informações para realizar compras online de forma indevida.
Detalhes do Caso
Além dos cartões, as autoridades apreenderam um iPhone 13, uma garrafa térmica e uma bolsa de academia com Thallyta. As investigações revelaram que ela aproveitava o descuido das vítimas para furtar os cartões de crédito de suas bolsas e fotografá-los para uso posterior.
No ano anterior, a mesma pessoa cometeu crimes similares contra quatro vítimas, realizando compras em lojas na Asa Norte e em plataformas digitais. As vítimas notaram cobranças indevidas em estabelecimentos como Live, Under Armour e Amor de Peça. Posteriormente, viram fotos da então estagiária com roupas dessas marcas postadas nas redes sociais.
Utilizando os endereços de entrega das mercadorias, os policiais descobriram que todos os produtos foram enviados a Santa Maria, residência de Thallyta. As vítimas foram orientadas a reportar novas tentativas de compras ilícitas para que a suspeita fosse novamente presa em flagrante.
Quando uma das vítimas percebeu uma compra suspeita no valor de R$ 946,14, denunciou imediatamente à polícia. Thallyta foi detida e levada à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), onde confessou a autoria do crime. Em seu celular, as autoridades encontraram fotos dos cartões das vítimas.
Na casa da suspeita, as roupas apreendidas foram devolvidas às lojas. Thallyta foi presa por tentativa de estelionato, mas foi liberada após pagamento de fiança de R$ 1.412.
Vida e Aparência
A educadora adotava uma imagem de riqueza falsa, ostentando bens e hábitos que indicavam uma condição financeira melhor do que a real. Nas redes sociais, ela afirma ser historiadora e pedagoga pela Universidade de Brasília (UnB).
Suas publicações mostram viagens internacionais e uma rotina de exercícios com roupas adquiridas por meio das fraudes que cometeu. Em 2024, foi presa por policiais civis da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) por um crime semelhante, enquanto estagiava em órgãos do governo federal.