Marcos Harley Barbosa, com 55 anos, está sendo investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) após ser acusado de gastar indevidamente o dinheiro do seu pai, um idoso de 85 anos diagnosticado com Alzheimer, em viagens e despesas pessoais desnecessárias. A apuração policial realizada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin) da Polícia Civil do DF descobriu um prejuízo de R$ 127 mil nas contas do aposentado.
De acordo com o MP, Marcos Harley, que era responsável pela administração financeira do pai, abusou da confiança e da vulnerabilidade do idoso, apropriando-se de uma quantia considerável da renda mensal dele, que é de aproximadamente R$ 15 mil, quantia destinada ao sustento e cuidados do casal de idosos.
O professor teria utilizado os cartões de crédito do pai e contraído empréstimos consignados em seu nome para financiar viagens, incluindo uma viagem para a Bahia, além de outros gastos pessoais incompatíveis com a condição da vítima. Enquanto isso, despesas essenciais como pagamento de cuidadoras, manutenção da residência e impostos ficaram pendentes, levando outros filhos do idoso a assumirem esses custos.
Thalita Nóbrega, delegada responsável pelo caso, explicou: “Como responsável pela administração dos recursos financeiros do pai, ele se aproveitou da incapacidade da vítima de gerenciar seus bens e realizou atos que levaram à dilapidação do patrimônio do idoso”.
As investigações mostram que Marcos Harley contraiu vários empréstimos consignados, gerando situação de endividamento grave e saldo negativo nas contas bancárias do pai. Documentos e extratos bancários recolhidos confirmam o desvio dos recursos e os gastos inadequados.
O idoso demonstrou angústia e sofrimento ao perceber a fraude cometida pelo próprio filho. O Ministério Público solicita que Marcos Harley seja obrigado a ressarcir o valor de R$ 127.245,83, correspondente às dívidas contraídas em nome da vítima.
O professor foi denunciado com base no artigo 102 do Estatuto do Idoso, o qual prevê punição para quem se apropria de renda de pessoas idosas, com pena que pode chegar até quatro anos de prisão. Além disso, Marcos Harley já responde a outro processo por ameaça, relacionado à violência doméstica.

