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sexta-feira, 05/12/2025

Professor brasileiro em Harvard detido pelo ICE nos EUA

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Carlos Portugal Gouvêa, professor de Direito brasileiro de 43 anos, foi detido na última quarta-feira (3/12) nos Estados Unidos após disparar uma arma de chumbinho perto de um templo judaico em Boston, em outubro.

Ele foi detido pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) que revogou seu visto. Carlos Gouvêa deixará o país de forma voluntária.

Quem é Carlos Portugal Gouvêa

Carlos Gouvêa formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 2001 e concluiu seu doutorado em Harvard em 2008. Desde 2011, é professor de Direito na universidade americana.

Ele é líder do Global Law Institute (IDGlobal), um centro de pesquisa focado em justiça ambiental e social no Brasil, que realiza estudos importantes sobre comunidades indígenas e quilombolas. Na USP, participou de várias organizações de direitos humanos.

Carlos Gouvêa também atuou como consultor para o governo brasileiro, colaborando na criação de normas da Lei de Saneamento de 2020, que estabelece metas para universalizar o acesso à água potável e ao tratamento de esgoto até 2033.

O incidente próximo à sinagoga

Em 2 de outubro, Carlos foi preso pela polícia dos EUA e liberado mediante fiança. Ele disparou com uma arma de chumbinho perto do templo judaico Beth Zion, no dia anterior ao Yom Kippur, data de grande significado para a comunidade judaica.

Carlos explicou às autoridades que estava tentando caçar ratos.

Os líderes do templo, Larry Kraus e Benjamin Maron, afirmaram que não encontraram indícios de que o disparo tivesse motivação antissemita.

Nesta semana, Carlos Gouvêa aceitou um acordo judicial reconhecendo o uso da arma de chumbinho. As acusações de perturbação da paz, comportamento desordeiro e vandalismo foram retiradas. Ao aceitar sair voluntariamente dos EUA, ele evita a deportação.

Tricia McLaughlin, secretaria do Departamento de Segurança Interna dos EUA, denunciou o acontecimento como um ato de ódio antissemita. Entretanto, a sinagoga envolvida declarou que não vê provas de sentimento antissemita no episódio.

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