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sábado, 21/06/2025




Produção de peixe alcança novo recorde no Distrito Federal

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Em Brasília

Os piscicultores do Distrito Federal registraram um marco histórico ao atingirem a maior produção anual de peixe no solo brasiliense.

Foram 2.163.472 kg de diferentes espécies, representando um crescimento superior a 6% em comparação ao ano anterior de 2023, estabelecendo um novo recorde.

Esse desempenho é fruto não só do suporte das políticas públicas, mas também do aumento no número de produtores de peixes, que passou de 919 para 970 em doze meses.

A região do Gama lidera a produção, com 546.015 kg, seguida pela Ceilândia, que conquistou sua maior produção histórica com 521.055 kg, um aumento de 57,88% em relação a 2023, quando produziu 330 mil kg. Paranoá registrou 353.301 kg, e o Núcleo Rural Alexandre Gusmão respondeu por 201.997 kg.

Em termos de quantidade de piscicultores, Ceilândia não só aumentou a produção, mas também o número de produtores, de 160 para 187, sendo a região com mais produtores de peixe no Distrito Federal. O Gama subiu de 148 para 185 produtores, e Planaltina atualmente conta com 100.

Baixa manutenção

Ademir Gomes, produtor rural de 58 anos, referência em piscicultura no DF, opera oito tanques e mantém em média 20 mil peixes na chácara Shallom, no Sol Nascente, de onde saem aproximadamente 20 toneladas de tilápia anualmente. Ativo na atividade desde 2014, ele considera a piscicultura mais prática e rentável em comparação a outras culturas, que demandam mais mão de obra.

Ele destaca: “A piscicultura exige menos esforço diário e oferece retorno financeiro, além de ser uma atividade que permite certa flexibilidade na colheita, ao contrário das hortaliças que precisam ser vendidas imediatamente.”

Para pequenos produtores, a criação de tilápias pode não ser a principal atividade, mas representa uma fonte adicional importante de renda familiar. Joel Félix, de 72 anos, produtor, agricultor e apicultor em Planaltina, informa que os alevinos correspondem a cerca de 30% da renda de sua família. Ele iniciou com uma única espécie de peixe e, com orientações da Emater-DF, ajustou a criação para espécies mais adequadas aos tanques lonados.

Joel elogia o suporte da Emater-DF como fundamental para o sucesso dos produtores locais, destacando a agilidade e a presença dos técnicos sempre que necessário.

Crescimento constante

Adalmyr Borges, técnico da Emater-DF, ressalta o crescimento contínuo da aquicultura na região, com aumento anual em torno de 5% a 6%. Atualmente, são cerca de 2 mil toneladas produzidas por ano no Distrito Federal, com a tilápia como principal espécie, devido ao seu formato prático e aceitação popular.

Além do acompanhamento técnico, o Governo do Distrito Federal oferece linhas de crédito e políticas públicas de suporte aos piscicultores, incluindo projetos como Proágua e Aqua+, focados em monitoramento e uso eficiente da água.

O programa também conta com unidades-modelo que demonstram as tecnologias e oferecem capacitação aos produtores. Um novo projeto do GDF visa utilizar reservatórios de irrigação na criação de peixes em tanques lonados, especialmente na região de Planaltina.

Adalmyr acrescenta: “Esperamos um crescimento ainda maior na produção este ano, impulsionado pelo grande mercado consumidor de Brasília e o apoio contínuo da Emater, que orienta sobre regularização, controle de qualidade da água, alimentação e redução de custos.”




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