São Paulo, 12 – O Procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira Costa, divulgou nesta sexta-feira, 12, uma nota oficial expressando insatisfação com o desempenho da Enel na restauração do fornecimento de energia na capital e região metropolitana após o vendaval que causou danos na quarta-feira.
Segundo ele, não se espera controlar fenômenos naturais, mas sim uma resposta rápida das responsáveis para minimizar os transtornos enfrentados por milhões de moradores que continuam sem energia, correndo riscos como perdas de alimentos e remédios que precisam de refrigeração.
A Promotoria de Defesa do Consumidor tem tomado medidas jurídicas para que a concessionária indenize os afetados.
Em dezembro de 2023, uma ação civil pública foi proposta, mas está suspensa enquanto o Superior Tribunal de Justiça decide sobre a participação da Aneel no processo. O Ministério Público Estadual segue trabalhando para mudar essa situação.
Enel diz que o trabalho é difícil
Após o vendaval, moradores enfrentam a falta de luz pelo terceiro dia consecutivo. A Enel afirmou que o reparo da rede é complicado, incluindo substituição de postes e cabos, e ainda não informou previsão para normalizar o serviço. Atualmente, 624,6 mil clientes continuam sem energia.
Entre os afetados está a Ceagesp, que ficou mais de 40 horas sem luz, retornando o fornecimento somente na sexta-feira.
O vendaval durou cerca de 12 horas, com ventos que chegaram a 98 km/h, causando quedas de árvores e outros objetos sobre a rede elétrica, gerando mais de 1,3 mil chamados ao Corpo de Bombeiros.
A Enel mobiliza cerca de 1.600 equipes para reparos, visando acelerar a recomposição da rede.
Veículos da Enel parados
Na quarta e quinta-feira, o pátio da Enel estava cheio de veículos, levando a Prefeitura de São Paulo a notificar a empresa e a Aneel pela demora no atendimento, já que poucos veículos estavam nas ruas resolvendo os problemas.
A Enel declarou que possui uma frota maior e que os veículos são preparados a cada troca de turno.
A Aneel e a Arsesp fiscalizam a Enel para garantir o cumprimento dos planos de ação frente ao evento climático.
Estadão Conteúdo