O influenciador digital Mauricio Martins Junior, conhecido como Maumau, foi detido em flagrante na quinta-feira (7/8), durante a realização de mandados da Operação Desfortuna.
Executada por policiais civis da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), a operação tem como objetivo desmantelar um esquema de promoção ilegal de jogos de azar online, incluindo o popular Jogo do Tigrinho.
Na casa de Maumau, situada em Arujá (SP), os agentes encontraram uma arma de fogo, o que resultou na prisão imediata do influenciador.
Além de Bia Miranda, Gato Preto, Dj Buarque e Maumau, outras pessoas foram alvo da investigação, entre elas Paola de Ataíde Rodrigues, Tailane Garcia dos Santos Laurindo, Paulina de Ataíde Rodrigues, Jenifer Ferracini Vaz (também conhecida como Jenny Miranda), Nayara Silva Mendes (conhecida como Nayala Duarte), Lorrany Rafael Dias, Vanessa Vatusa Ferreira da Silva (a Vanessinha Freires), Tailon Artiaga Ferreira Silva (o Mohammed MDM), Ana Luiza Ferreira do Desterro Guerreiro (apelidada de Luiza Ferreira) e Micael dos Santos de Morais.
A ação policial ocorreu simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Conforme a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), os investigados divulgavam nas redes sociais promessas enganosas de ganhos fáceis para atrair seguidores às plataformas ilegais. Os influenciadores integravam uma organização estruturada, com papéis específicos entre divulgadores, operadores financeiros e empresas fictícias.
A investigação foi realizada em colaboração com o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD).
Durante as apurações, os policiais notaram sinais de enriquecimento incompatíveis com os rendimentos declarados pelos influenciadores. Eles exibiam em suas redes sociais viagens internacionais, carros de luxo e imóveis valiosos.
Além dos jogos ilegais, os envolvidos utilizavam uma rede empresarial para disfarçar a origem ilícita dos recursos, caracterizando o crime de lavagem de dinheiro. Também foram detectadas ligações entre alguns influenciadores e indivíduos com histórico relacionado ao crime organizado.
A coluna Na Mira tentou contatar as defesas dos investigados da Operação Desfortuna e permanece aberta para respostas.