Luis Fernando Verissimo, escritor e cronista gaúcho, faleceu no sábado, 30 de agosto, aos 88 anos. Ele estava internado desde 11 de agosto no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), tratando uma pneumonia, da qual não se recuperou.
Conhecido por seu estilo irônico, crítico e humorístico, Verissimo publicou cerca de 70 títulos, vendendo mais de 5,6 milhões de exemplares. Entre seus livros mais renomados estão Comédias da Vida Privada, A Grande Mulher Nua, Ed Mort: Todas as Histórias, As Mentiras que os Homens Contam, O Nariz & Outras Crônicas, A Velhinha de Taubaté, além de O Clube dos Anjos, O Jardim do Diabo, A Décima Segunda Noite e Os Espiões.
Trajetória de Vida
Nascido na capital do Rio Grande do Sul, Luis Fernando Verissimo veio ao mundo em 26 de setembro de 1936, filho do escritor Érico Veríssimo e de Mafalda Halfen Volpe. Passou parte da infância e adolescência estudando nos Estados Unidos, onde completou sua formação educacional.
Durante um tempo vivido no Rio de Janeiro, conheceu Lúcia Helena Massa, com quem se casou. O casal teve três filhos: Fernanda, Mariana e Pedro.
Em 1956, retornou para Porto Alegre onde entrou no departamento de arte da Editora Globo. Na década de 1960, integrou o grupo musical Renato e seu Sextero e iniciou sua carreira como revisor no jornal Zero Hora, ganhando uma coluna diária em 1969.
No ano seguinte, começou a escrever para o Folha da Manhã sobre cultura, política, esporte e comportamento. Em 1971, criou, junto a amigos, o semanário O Pato Macho que combinava humor, cartuns e entrevistas, circulando durante um ano.
Publicou seu primeiro livro, O Popular, em 1973, mas sua fama se consolidou a partir de O Analista de Bagé, lançado em 1981. Além disso, colaborou com revistas e jornais importantes como Veja, Playboy, Zero Hora, Estadão, O Globo e Extra Classe, e participou de programas humorísticos da TV Globo. Também fez parte da banda Jazz 6 e compôs uma música para a dupla gaúcha Kleiton & Kledir, atuando como saxofonista na gravação.