A prefeitura de Mauá, que fica na região metropolitana de São Paulo, confirmou na sexta-feira, 5, o primeiro caso de envenenamento por metanol no município.
O paciente apresentou sintomas como dor de cabeça forte, cansaço, visão embaçada e confusão mental. Ele buscou ajuda médica e foi internado no Hospital Nardini no dia 23. A condição piorou, e ele precisou ser intubado e levado para a UTI, onde está fazendo sessões de hemodiálise desde 26 de novembro. Um exame de urina, feito pela Vigilância Epidemiológica, confirmou a presença de metanol.
Esse caso acontece enquanto o estado enfrenta uma crise causada por bebidas adulteradas. O boletim epidemiológico mais recente aponta que São Paulo tem dez mortes e 49 casos confirmados de envenenamento. Outros 516 casos suspeitos foram descartados, e três ainda estão sendo investigados. Além disso, cinco mortes estão sob análise em cidades como Guariba, São Vicente, São José dos Campos e Cajamar.
A morte mais recente confirmada por envenenamento ocorreu em Sorocaba. Felipe Henrique Alves da Silva, de 26 anos, faleceu em 16 de agosto, e o laudo oficial divulgado no fim de novembro mostrou que o metanol estava associado ao uso de cocaína.
Entre as mortes já confirmadas no estado, além do caso de Sorocaba, há relatos na capital, envolvendo quatro homens de 26, 45, 48 e 54 anos, e uma mulher de 30 anos em São Bernardo do Campo; três vítimas em Osasco (dois homens de 23 e 25 anos e uma mulher de 27 anos); e um homem de 37 anos em Jundiaí.
Dados do Ministério da Saúde, atualizados em 29 de outubro, mostram 59 casos confirmados de envenenamento por metanol no país, e outros 44 ainda em investigação. Além de São Paulo, há registros em Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
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