A previsão central do relatório Focus para o IPCA em 2025 diminuiu de 4,80% para 4,72%. Esse valor está 0,22 pontos percentuais acima do limite máximo da meta, que é 4,50%. No mês anterior, a previsão era de 4,83%. Considerando somente as 67 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 4,80% para 4,70%.
A projeção para o IPCA de 2026 permanece em 4,28%, uma leve queda em relação ao mês anterior que era de 4,30%. Analisando as 66 estimativas recentes, a mediana caiu de 4,30% para 4,20%.
O Banco Central espera que a inflação medida pelo IPCA seja de 4,8% em 2025 e de 3,6% em 2026, conforme divulgado no último ciclo de comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o primeiro trimestre de 2027, a expectativa é que a inflação alcance 3,4% em um período de 12 meses.
Na última reunião, o Copom manteve a taxa básica de juros Selic em 15% e ressaltou que o cenário econômico requer cautela, devido à elevada incerteza. O Comitê afirmou que continuará atento para avaliar se a manutenção da taxa de juros no nível atual por um período prolongado será suficiente para garantir que a inflação volte à meta.
A ata da reunião detalhou que, com o cenário se encaminhando como esperado, o Copom iniciou um novo estágio de política, mantendo a taxa estável e observando se essa estratégia é adequada para alcançar a meta de inflação.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua e se baseia no IPCA acumulado em 12 meses. O ponto central da meta é 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Caso a inflação fique fora desse intervalo por seis meses consecutivos, entende-se que o Banco Central não atingiu o objetivo. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho em 10 de julho, quando a autoridade monetária publicou uma carta aberta informando a expectativa de que a taxa de inflação fique abaixo de 4,50% até o final do primeiro trimestre de 2026.
Para 2027, a mediana das projeções do Focus para a inflação ficou estável em 3,90%, e para 2028, houve uma leve redução de 3,70% para 3,68%.
Estadão Conteúdo