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quarta-feira, 16/07/2025

Presidentes da Armênia e Azerbaijão se encontram para tentar paz

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Os líderes da Armênia e Azerbaijão, Nikol Pashinyan e Ilham Aliyev, se encontraram para tratar do acordo de paz que poderia pôr fim a anos de disputa na região de Nagorno-Karabakh. A reunião ocorreu nesta quinta-feira (10/7), nos Emirados Árabes Unidos.

Conflito que dura décadas

A região autônoma de Nagorno-Karabakh está situada no sul do Cáucaso, dentro do território do Azerbaijão, mas historicamente foi habitada por armênios étnicos.

O conflito inicial em Artsakh, nome alternativo para a área, começou no final dos anos 1980. Um dos gatilhos para a violência foi a decisão do parlamento de Nagorno-Karabakh de se unir ao território da Armênia.

Em 1994, um cessar-fogo foi firmado com a mediação russa. Os armênios étnicos mantiveram a posse de Nagorno-Karabakh.

A segunda guerra teve início em 2020, quando o governo do Azerbaijão lançou uma operação militar para recuperar terras perdidas nos anos 1990. Contudo, Artsakh não foi completamente recuperada.

Três anos depois, as forças do Azerbaijão lançaram uma ofensiva surpresa para tomar o território ainda controlado por armênios étnicos.

Dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados indicam que mais de 100 mil armênios étnicos foram forçados a deixar suas casas e se refugiaram principalmente na Armênia.

Este foi o primeiro encontro entre Pashinyan e Aliyev desde março, quando eles finalizaram o texto do acordo de paz, que ainda não foi implementado.

Em declaração conjunta, os ministérios das Relações Exteriores dos dois países afirmaram que discutiram vários temas em Abu Dhabi, incluindo avanços no “processo de divisão das fronteiras”.

Erevan e Baku também concordaram em dar continuidade às negociações para a assinatura formal do acordo de paz.

Dificuldades para a paz

Após o texto final ser anunciado, o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, se dispôs a assinar o pacto, mostrando sinais positivos a pedidos do governo de Aliyev. Entre esses pedidos estão uma reforma na Constituição e a criação de uma passagem entre o Azerbaijão e o exclave de Naquichevão, que atravessaria a Armênia.

Estes dois pontos, no entanto, dificultam o progresso do acordo. A reforma constitucional exige aprovação popular, e atualmente a maioria dos armênios se opõe a ela, conforme pesquisas recentes.

Quanto à passagem que cortaria o território armênio, há temor entre a população e líderes locais de que isso permita ao Azerbaijão instalar tropas militares no país, representando uma ameaça à soberania da Armênia.

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