A Suécia e a Finlândia abandonaram a neutralidade e se candidataram ao processo de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em maio, depois que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia. Seus protocolos de adesão já foram ratificados por quase todos os membros da OTAN, exceto Hungria e Turquia. O processo parou em janeiro depois que Rasmus Paludan, líder do partido político de extrema direita dinamarquês Stram Kurs, queimou uma cópia do Alcorão em frente à embaixada turca em Estocolmo com a permissão das autoridades suecas. Erdogan então condenou a manifestação e disse que a Suécia não deveria contar com o apoio de Ancara para sua candidatura à OTAN.
“Ei, Suécia, nem tente. Enquanto você permitir que [as pessoas] queimem nosso livro sagrado, não diremos ‘sim’ à sua adesão à OTAN. Não se engane, a posição da Turquia sobre a adesão da Finlândia à OTAN é positiva e não é [positiva] quando se trata da adesão da Suécia”, disse Erdogan.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, disse que o país poderia considerar um processo de adesão que ocorra separadamente do da Suécia, depois que Estocolmo encontrou um obstáculo em seu caminho para a Aliança Atlântica devido às tensões com Ancara. No entanto, ele negou mais tarde que Helsinque estivesse considerando tal possibilidade e disse que a Finlândia e a Suécia vão continuar a agir em conjunto.
No dia 24 de janeiro, uma fonte disse à Sputnik que as negociações trilaterais entre Turquia, Suécia e Finlândia sobre a adesão à OTAN foram adiadas a pedido de Ancara.