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segunda-feira, 07/07/2025

Presidente dos Correios pede para sair após pressão

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O presidente dos Correios, Fabiano Silva, anunciou sua saída nesta sexta-feira, dia 4. A empresa enfrentou um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano, e Silva vinha sofrendo forte pressão para deixar seu cargo. O Centrão demonstra interesse na liderança da estatal.

A carta de demissão foi entregue no Palácio do Planalto ao chefe do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola. O presidente está no Rio de Janeiro para participar da Cúpula do Brics. A saída de Silva só será oficializada após uma reunião entre ele e Lula, marcada para a próxima semana.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tem tentado indicar aliados para posições nos Correios e no Banco do Brasil (BB). Ele já debateu o tema com Lula, mas o presidente resiste em substituir a atual presidente do BB, Tarciana Medeiros, que recebe bons elogios no Palácio do Planalto.

As perdas financeiras da empresa e as mudanças realizadas por Silva desagradam empresas de transporte e membros do Congresso.

Fontes indicam que o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, também deseja a saída de Fabiano Silva e recentemente teve uma discussão intensa com ele. O conflito surgiu quando Rui Costa solicitou um plano para reduzir despesas que incluía demissão de funcionários e fechamento de agências pelo país. O desacordo com Silva tornou a situação insustentável.

Os Correios encerraram 2024 com um déficit de R$ 2,6 bilhões, quatro vezes maior que o prejuízo de R$ 597 milhões do ano anterior. Antes, o pior resultado da empresa havia sido em 2016, com um rombo de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Como membro do Grupo Prerrogativas, composto por advogados ligados ao PT, Silva atribuiu o prejuízo do ano passado à taxação sobre compras internacionais, conhecida como “taxa das blusinhas”, que incide sobre importações de até US$ 50. Essa medida teve impacto negativo significativo para a estatal.

Cansado e sob forte crítica, Silva alegava que, além desse fator, os resultados da empresa ainda sofrem efeito dos problemas herdados do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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