Carolina Linhares
Brasília, DF – O presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), destacou que a eleição de 2026 será uma escolha importante para o país, entre seguir no passado ou avançar para o futuro. A fala foi feita durante a celebração dos 20 anos do partido e reforça a crescente força do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para concorrer à Presidência da República.
Mesmo indicando uma distância do presidente Lula (PT), o Republicanos ainda participa do governo, contando com o ministro Sílvio Costa Filho na Pasta de Portos e Aeroportos.
Segundo Marcos Pereira, “O Brasil está cansado da divisão que paralisa e dos extremos que só brigam, sem resolver os problemas do país. A polarização tem causado mais danos do que benefícios.”
Ele continuou afirmando que “Somos a alternativa aos extremos. Em 2026, o Brasil poderá escolher entre um passado que divide e um futuro que une, entre a polarização que impede avanços e a responsabilidade que gera resultados, entre promessas vazias e ações concretas.”
Marcos Pereira também enfatizou que esse compromisso está representado pelo Republicanos, embora tenha evitado mencionar diretamente Tarcísio nesse momento.
Tarcísio de Freitas estava previsto para participar da sessão solene na Câmara dos Deputados, mas teve compromissos em São Paulo. À noite, ele esteve em Brasília para um evento do partido e, se decidir concorrer à Presidência, pode deixar o Republicanos para se filiar ao PL.
O ministro Sílvio Costa Filho esclareceu que o discurso do presidente do partido não significa um afastamento do governo Lula, e que a posição oficial dependerá da decisão de Tarcísio sobre sua candidatura.
Ele também afirmou que continuará apoiando Lula, mesmo que Tarcísio seja seu adversário na eleição.
O evento contou com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dos senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Damares Alves (Republicanos-DF), além de outros deputados. Também foi aproveitada a ocasião para filiar o ex-senador Arthur Virgílio, que deixou o PSDB em 2022.
Marcos Pereira concluiu dizendo que “Não existe um problema da esquerda ou direita, de regiões ou setores sociais. O Brasil enfrenta um desafio comum. Somos a ponte entre um passado que não podemos esquecer e um futuro que devemos construir juntos.”