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sexta-feira, 12/09/2025

Presidente da CPMI pede liberação do Careca do INSS para prestar depoimento

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O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta sexta-feira (12/9) que solicitará ao ministro do STF André Mendonça a autorização para que Antônio Carlos Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti possam depor ao colegiado na próxima semana. Ambos foram detidos pela Polícia Federal nesta mesma data.

Segundo Viana, o próximo passo será apresentar um pedido formal ao ministro André Mendonça para que o senhor Antônio Carlos Antunes seja liberado para depor já na próxima segunda-feira e o senhor Camisotti na quinta-feira seguinte. Eles já haviam sido convocados e intimados pela Polícia Legislativa. O senador espera que o ministro permita que ambos prestem esclarecimentos acerca da facilidade com que conseguiram fraudar a Previdência.

O caso envolvendo o INSS veio à tona por meio de uma série de reportagens publicadas pelo Metrópoles a partir de dezembro de 2023. Após três meses, foi revelado que a arrecadação das associações com mensalidades de aposentados aumentou consideravelmente, atingindo R$ 2 bilhões em um ano, enquanto essas entidades enfrentam milhares de processos por fraudes nas filiações dos segurados.

As prisões recentes fazem parte de uma nova etapa da Operação Sem Desconto, denominada Operação Cambota, que visa apurar fraudes em descontos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. Além dos mandados de prisão preventiva de Antônio Carlos Antunes e Maurício Camisotti, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal em São Paulo e no Distrito Federal.

A investigação está focada em crimes como impedimento ou atrapalho de inquérito de organização criminosa, dilapidação e ocultação de bens, além da possível obstrução das investigações por parte de alguns envolvidos.

Viana ressaltou que a prisão dos dois principais suspeitos representa apenas o início das ações. Segundo ele, existem outras pessoas envolvidas que também devem ser detidas para evitar que fujam ou prejudiquem a recuperação dos recursos desviados dos aposentados. A CPMI já solicitou a prisão de mais dezenove indivíduos ao ministro, e espera que em breve novas operações da Polícia Federal sejam realizadas para prendê-los. As detenções chegaram com atraso, uma vez que a Polícia Federal já tinha conhecimento do envolvimento do grupo, das associações e das empresas de fachada, mas ninguém havia sido preso até então.

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