O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, usou a rede social X (anteriormente Twitter) nesta quarta-feira (29/10) para compartilhar um vídeo mostrando os corpos alinhados após a grande operação realizada na terça-feira (28/10) contra o Comando Vermelho (CV) nos Complexos da Penha e do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro.
Em sua declaração, o chefe de Estado colombiano qualificou o evento como uma expressão de “bárbarie”. Segundo Petro, “essas batalhas contra gangues não passam de barbárie — o mundo da morte está dominando a política”.
Esta operação policial é apontada como a ação mais letal já vista no Rio de Janeiro e no Brasil no século 21, com as autoridades locais confirmando pelo menos 119 mortos até o início da tarde desta quarta-feira.
Em um movimento dramático, moradores do Complexo da Penha colocaram cerca de 72 corpos na Praça São Lucas, dentro da comunidade, na madrugada de quarta-feira. Relatos indicam que os cadáveres foram encontrados em áreas de mata entre os dois complexos, onde ocorreram os confrontos. Testemunhas relataram que alguns corpos apresentavam ferimentos com tiros, facadas nas costas e machucados nas pernas. Os mortos foram organizados no centro da praça, sendo cercados por familiares e amigos sem informações oficiais para identificação.
Além disso, para reforçar a segurança nas ruas, o governo do Rio anunciou um aumento significativo no policiamento. Funcionários administrativos da Polícia Militar foram deslocados para as ruas, elevando o efetivo em mais de 40%. Foco especial foi dado às principais vias expressas, regiões norte e sudoeste, acessos à Região Metropolitana e aos sistemas de transporte público.
Enquanto o governo declarou que a operação visava desarticular o CV, que controla áreas da cidade, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que 132 pessoas perderam a vida, incluindo quatro policiais — dois militares e dois civis.
O governador Cláudio Castro qualificou o evento como um marco no combate ao crime organizado, explicitando que os quatro agentes de segurança mortos foram vítimas de “narcoterroristas durante a Operação Contenção”. Até agora, a Polícia Civil (PCERJ) relatou a prisão de 113 pessoas.
