Gustavo Petro, presidente da Colômbia, fez um forte apelo a Donald Trump, depois que o líder dos Estados Unidos sugeriu a possibilidade de autorizar ataques militares contra nações que exportam drogas ilegais para os EUA.
Em uma mensagem no X (antigo Twitter), Petro solicitou que Trump respeite a soberania da Colômbia, afirmando: “Não ameacem nossa soberania, isso despertará a onça-pintada. Atacar nossa soberania é como declarar guerra. Não coloquem em risco dois séculos de relações diplomáticas”.
O presidente colombiano convidou Trump a visitar o país para ver pessoalmente a destruição dos laboratórios de drogas que impedem a produção de cocaína destinada aos Estados Unidos.
“Sem o uso de mísseis, destruí 18.400 laboratórios durante meu mandato. Venham comigo e eu mostrarei como são destruídos, um laboratório a cada 40 minutos”, destacou.
Na mesma postagem, Petro mencionou que Trump já o difamou ao chamá-lo de “traficante de drogas ilegais” e pediu que ele mude seu posicionamento.
“Se algum país contribuiu para impedir que milhares de toneladas de cocaína chegassem aos EUA, esse país foi a Colômbia”, completou.
Contexto militar
Nos meses recentes, a administração de Trump aumentou significativamente a presença militar dos EUA na América Latina. A missão no Caribe, que visa combater cartéis, conta com cerca de 15 mil soldados, além de aviões de combate e navios de guerra, incluindo o porta-aviões USS Gerald Ford, o maior da Marinha norte-americana.
Desde setembro, as forças armadas americanas destruíram 21 embarcações ligadas ao tráfico de drogas, resultando na morte de 83 pessoas.
Essa escalada acontece em meio a uma campanha política para rotular o governo de Nicolás Maduro como patrocinador do narcoterrorismo, acusando Caracas de abrigar o cartel Los Soles, que os EUA consideram uma organização terrorista internacional.
Ameaças de Trump
O presidente Donald Trump aumentou o tom de suas ameaças contra a Venezuela e países da América Latina ao declarar que nações envolvidas na produção ou venda de drogas para os EUA poderão sofrer ataques militares.
Segundo ele, “qualquer país que produza ou venda drogas para os Estados Unidos estará sujeito a ações militares. Isso não se limita à Venezuela”, mencionando a Colômbia como um dos países produtores.

