JÚLIA MOURA
FOLHAPRESS
Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, falou nesta quinta-feira (27) sobre o caso envolvendo a Caixa Asset e o Banco Master ocorrido em 2024.
Nesse caso, três funcionários da Caixa Asset perderam seus cargos após se posicionarem contra a compra de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. Leonardo Silva, Mariangela Fraga e Daniel Gracio eram gestores de fundo de investimento e foram rebaixados por discordar do negócio.
Carlos Vieira afirmou que um documento interno foi vazado, causando exposição negativa à imagem da Caixa. Segundo ele, o documento é restrito e nem o presidente do banco tem acesso a ele. Ele reforçou que, mesmo que alguém esteja certo, não é correto transformar um problema interno em notícia para a mídia.
Após o episódio, a Caixa reforçou os conselhos de administração e qualificou 5.000 executivos recentemente.
O presidente explicou que o caso foi discutido com o Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos de controle, e a Caixa já apresentou sua posição nesses debates. Algumas questões foram resolvidas e outras ainda estão em análise.
Em outubro, o TCU multou em R$ 10 mil o ex-diretor da Caixa Asset, Igor Macedo Laino, por tentar aprovar a compra das letras do Banco Master desconsiderando pareceres técnicos que indicavam riscos como baixa liquidez, prazo longo, concentração incomum e necessidade de análises adicionais.
Carlos Vieira ressaltou que a organização, a governança e o cumprimento das regras na Caixa são maiores que qualquer gestor ou presidente.
