28.5 C
Brasília
domingo, 24/08/2025

Presidente da Anvisa vê problemas na entrega de insumos para vacinas

Brasília
céu limpo
28.5 ° C
28.5 °
28.4 °
20 %
4.6kmh
0 %
dom
29 °
seg
30 °
ter
29 °
qua
30 °
qui
30 °

Em Brasília

Barra Torres afirmou à CPI da Covid que há “problemas pontuais” de demora de entrega de IFA para Coronavac e para AstraZeneca, que também recebe insumos vindos da China

Diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres na CPI da Covid (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, confirmou nesta terça-feira, 11, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que há dificuldades no recebimento de insumos para produção das vacinas contra covid-19 no Brasil. Ele não comentou, no entanto, se os problemas estão relacionados a falas do presidente Jair Bolsonaro em relação a países produtores, como a China.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou se há problemas com “medicamentos, vacinas, insumos, equipamentos ou outros produtos de origem chinesa submetidos à Anvisa”, ao que Barra Torres respondeu que “sim”, sem citar os motivos. Ele afirmou que há “problemas pontuais” de demora de entrega de IFA para Coronavac e para AstraZeneca, que também recebe insumos vindos da China.

“De fato, durante o transcurso da pandemia, observamos essas dificuldades. Momentos em que o IFA demora um pouco mais a chegar ou chega um pouco depois, e vem realmente desses dois países [China e Índia]. O impacto deles na produção de medicamentos, praticamente no mundo todo, é imenso”

Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa

O presidente da Anvisa, entretanto, não associa as dificuldades na aquisição de insumos às falas de Bolsonaro ou de pessoas próximas a ele. “Não tenho informação do nexo causal”, respondeu, quando perguntado se os problemas foram criados por declarações do presidente, de seus filhos ou do ex-chanceler Ernesto Araújo.

Calheiros citou a situação mais recente, quando o presidente insinuou que os chineses teriam fabricado o vírus como arma para uma guerra química. “A declaração mais recente é da semana passada e já causou obstáculos ao envio de insumos para a produção da vacina do Instituto Butantan, o que interrompeu a produção do nosso principal imunizante”, apontou o relator.

Barra Torres também negou que existam dados que sugiram que os produtos de origem chinesa submetidos à avaliação da Anvisa recebem proporcionalmente mais avaliações negativas do que produtos oriundos de outros países. “Não procede. Não existem dados que demonstrem isso”, garantiu.

 

Veja Também