A 1ª Comissão Disciplinar (CD) do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está analisando, na manhã desta quinta-feira (3/9), a acusação da Procuradoria da Corte contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação de resultados.
Antes de decidir sobre o mérito, a CD está avaliando aspectos preliminares do caso, com destaque para a possível prescrição.
As defesas de Bruno Henrique e do Clube de Regatas do Flamengo usaram a tribuna do STJD para solicitar o reconhecimento da prescrição do processo.
Alexandre Vitorino, advogado de Bruno Henrique, afirmou: “Contando o prazo de 60 dias, ele realmente expirou. A partida aconteceu em 1º de novembro de 2023 — 60 dias depois, em 30 de dezembro de 2023, seria o limite para a acusação. Porém, a denúncia foi feita apenas em 1º de agosto de 2025, um ano e nove meses mais tarde. Embora um arquivamento anterior tenha ocorrido, e nova prova tenha surgido, a denúncia ainda deveria ser apresentada dentro do prazo legal.”
Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, reforçou o pedido de prescrição: “O Flamengo apoia seu atleta e busca justiça. Inicialmente, a única saída seria reconhecer a prescrição, que, na minha visão, é inevitável. A partida foi disputada em 1º de novembro de 2023, e estamos analisando um evento que ocorreu quase dois anos atrás. A primeira ação da justiça desportiva foi a abertura de notícia de infração, em 7 de agosto de 2024.”