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terça-feira, 17/06/2025




Prefeitos contestam Itamaraty e afirmam que diplomatas sabiam da viagem a Israel

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MARIANA BRASIL
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

As autoridades brasileiras que viajaram a Israel refutaram a nota do Itamaraty, na qual o órgão alegava que os prefeitos haviam ignorado a recomendação de não visitar a região. Segundo a delegação, o grupo manteve contato com diplomatas que estavam cientes da viagem.

“Essa declaração contraria diretamente o que foi comunicado à própria delegação em uma reunião online com a representação diplomática brasileira em Tel Aviv, realizada no último sábado, 14 de junho. Na ocasião, os diplomatas confirmaram que foram prontamente informados, com antecedência, sobre a missão, especialmente sobre a segunda comitiva de prefeitos e um governador, informação esta repassada pelo consórcio de municípios organizador da viagem”, afirmam os membros em nota.

O grupo de políticos teria sido convidado por Israel para participar da MuniExpo Israel 2025, uma feira internacional de tecnologia.

Um primeiro conjunto de 12 autoridades, incluindo dois prefeitos de capitais, iniciou a retirada da Jordânia na segunda-feira (16) por via terrestre, com destino à Arábia Saudita, após mobilização do Ministério das Relações Exteriores e das embaixadas brasileiras em Amã (Jordânia), Tel Aviv (Israel) e Riad (Arábia Saudita).

Os prefeitos de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e João Pessoa, Cícero Lucena (PP), fazem parte da comitiva.

Procurada, a prefeitura de João Pessoa informou que os custos do prefeito e demais autoridades municipais foram cobertos pelo governo de Israel. O governo do Mato Grosso do Sul também colaborou.

Agora, o restante das autoridades – cerca de 27 políticos – deve ser transferido até quinta-feira (19), conforme informado pelo Itamaraty.

“Nos causa ainda mais surpresa o fato de que um país com o qual o Brasil mantém relações diplomáticas convide oficialmente autoridades brasileiras – por meio de uma agenda organizada com o apoio direto do governo de Israel – sem que o Itamaraty e nossa representação diplomática naquele país tivessem conhecimento do evento”, acrescentam.

O grupo também rejeita o tom de repreensão da nota e condena o momento e o conteúdo do comunicado do Itamaraty.

“Reafirmamos que nossa missão teve caráter institucional e foi realizada de boa-fé, conforme as normas republicanas, com agenda oficial e objetivos públicos. O momento exige responsabilidade, união nacional e compromisso com a verdade”, ressaltam.

Os políticos encerram a nota agradecendo aos governos locais de Tel Aviv, Jordânia e Arábia Saudita pelo apoio humanitário prestado.




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