Mariana Zylberkan
Folhapress
O prefeito Ricardo Nunes comunicou nesta segunda-feira (29) que o preço da passagem de ônibus subirá para R$ 5,30. Esse aumento de 6% é superior à inflação acumulada recentemente e valerá a partir de 6 de janeiro.
O último reajuste, anunciado no final do ano passado, elevou o valor da tarifa de R$ 4,40 para R$ 5, representando um aumento de 13,6%, após o registro do maior valor pago em subsídios às empresas de ônibus.
O novo reajuste acontece após dois anos em que o transporte municipal teve gratuidade aos domingos, que começou em 17 de dezembro de 2023. Essa medida fez com que a prefeitura gastasse R$ 10 milhões a mais por mês, cerca de R$ 2,5 milhões a cada domingo, devido ao aumento de 20% na quantidade de passageiros.
Para este ano, a prefeitura destinou aproximadamente R$ 6,5 bilhões para subsidiar as empresas de ônibus. Em dezembro, o prefeito assinou um decreto que liberou cerca de R$ 1 bilhão para as operadoras do sistema, após uma paralisação dos motoristas que afetou cerca de 3,3 milhões de passageiros.
Os motoristas e cobradores paralisaram as atividades por causa do atraso no pagamento do décimo terceiro salário pelas empresas.
Para 2026, a previsão é que sejam destinados R$ 6,2 bilhões para as empresas que operam o transporte, que correspondem à metade dos cerca de R$ 11 bilhões do orçamento da secretaria de mobilidade urbana e transportes.
Na cidade de São Paulo, a prefeitura auxilia financeiramente parte do transporte público, calculando o subsídio com base no número de passageiros, tamanho da frota e outros critérios.
Desde 2019, o pagamento às empresas não é mais feito por passageiro, mas considerando vários fatores do serviço prestado.
Os passageiros têm até 4 de janeiro para carregar o Bilhete Único com o valor antigo da passagem.
O novo preço será cobrado somente nas recargas feitas após o reajuste na categoria Comum. Enquanto houver saldo antigo no cartão, o valor debitado continuará sendo R$ 5. Este saldo antigo expirará em até 180 dias.

