Os preços do petróleo subiram esta semana, principalmente por causa das preocupações com ataques feitos pelos huthis contra navios no Mar Vermelho.
O barril de petróleo Brent, usado como referência na Europa, ficou 2,51% mais caro, fechando em 68,64 dólares na sexta-feira (11), para entrega em setembro. Nos Estados Unidos, o petróleo West Texas Intermediate (WTI), para entrega em agosto, subiu 2,82%, ficando em 66,57 dólares.
Analistas do banco JP Morgan explicaram que, após o conflito entre Israel e Irã diminuir, o preço do petróleo ficou estável por um tempo, e o chamado “prêmio de guerra” desapareceu rapidamente.
Mas com os ataques aos navios mercantes no Mar Vermelho, esse aumento no preço por motivos políticos voltou a aparecer.
Além disso, um projeto de lei nos Estados Unidos propõe tarifas muito altas, cerca de 500%, para produtos de países que continuarem comprando petróleo, gás ou urânio da Rússia.
Ipek Ozkardeskaya, uma analista da Swissquote, disse que isso afetaria principalmente a China e a Índia, que juntas compram cerca de 70% do petróleo russo.
Apesar disso, os operadores do mercado ignoraram a redução na previsão de crescimento da demanda global por petróleo feita pela Agência Internacional de Energia (AIE). A expectativa é que a demanda cresça apenas 700 mil barris por dia em 2025, o ritmo mais baixo desde 2009, exceto pelo ano de 2020, quando houve a pandemia de covid-19.
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