Os preços do petróleo aumentaram na segunda-feira (25), devido à estagnação nas negociações de paz entre Moscou e Kiev, além das incertezas sobre possíveis sanções americanas ao petróleo russo.
O barril de Brent, referência no Mar do Norte para entrega em outubro, subiu 1,58%, chegando a 68,80 dólares.
O barril americano, West Texas Intermediate, para entrega no mesmo mês, avançou 1,79%, atingindo 64,80 dólares.
John Kilduff, da Again Capital, resumiu que as preocupações geopolíticas retornaram aos mercados.
As negociações de paz entre Ucrânia e Rússia não apresentam progresso, e um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodimir Zelensky parece cada vez mais improvável.
No domingo, dia da independência da Ucrânia, Zelensky comentou que uma reunião com Putin seria o caminho mais eficaz para avançar nas negociações.
No entanto, Moscou criticou o presidente ucraniano por insistir em um encontro a qualquer custo.
Além disso, os preços do petróleo foram impactados pelos ataques recentes da Ucrânia a instalações petrolíferas russas, segundo análise de Henning Gloystein, do Eurasia Group.
No domingo, Kiev realizou ataques com drones em território russo, provocando incêndios em uma usina nuclear e em um terminal de petróleo.
Sem um acordo de paz, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaça impor tarifas secundárias aos países que importam petróleo da Rússia, especialmente à Índia, que é o segundo maior consumidor do petróleo russo.
Diante deste cenário, os preços do barril podem continuar subindo.
Kilduff também destacou a volatilidade do mercado, explicando que as decisões sobre sanções oscilam frequentemente, gerando incertezas.
Em relatório de meados de agosto, a Agência Internacional de Energia (AIE) elevou a previsão de crescimento da oferta mundial de petróleo, atribuindo este aumento às cotas maiores definidas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+).