Os valores do petróleo subiram no fechamento desta segunda-feira (7), mesmo após a aliança de países da Opep+ decidir aumentar sua produção a partir de agosto, superando as expectativas.
O barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em setembro, subiu 1,87%, chegando a 69,58 dólares. Já o barril West Texas Intermediate (WTI) dos Estados Unidos, para entrega em agosto, teve alta de 1,39%, fechando em 67,93 dólares.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados anunciaram que os oito países participantes irão ajustar a produção em 548 mil barris por dia em agosto de 2025, comparado a julho. Esse aumento foi firmado por países como Rússia, Arábia Saudita, Argélia, Omã, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão e Iraque, acima do consenso inicial estimado por analistas, que era de 411 mil barris por dia — valor que havia sido aprovado para maio, junho e julho.
Analistas da Eurasia Group destacaram que o anúncio não foi surpresa para os mercados, pois já era esperado um incremento maior.
Alguns membros da Opep+, incluindo Cazaquistão e Iraque, já produzem além dos limites atuais, e existe um sistema de compensação que incentiva esses países a reduzirem a produção para se adequar às novas cotas.
Além disso, Arábia Saudita, o país de maior influência no grupo, decidiu aumentar os preços oficiais do petróleo leve destinado aos clientes asiáticos para agosto.
Robert Yawger, analista da Mizuho USA, destacou que os sauditas consideraram justo fixar valores um pouco mais altos do que se previa.
Enquanto isso, os operadores seguem atentos às negociações comerciais dos Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, anunciou novas tarifas para países sem acordos comerciais, incluindo um incremento de 25% para Japão e Coreia do Sul.