A carne de frango tem se tornado mais competitiva em relação à carne suína no mercado atacadista da Grande São Paulo, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), marcando cinco meses consecutivos dessa tendência.
Esse cenário decorre principalmente da queda no valor da carne de frango nos últimos meses, causada pelo surto de influenza aviária em uma granja comercial em maio, enquanto os preços da carne suína mantiveram-se estáveis.
Em setembro, o preço do frango inteiro resfriado foi de R$ 5,93 por quilo a menos que o da carcaça especial suína, aumentando a diferença em 1,2% comparado a agosto. A oferta interna elevada de carne de frango, junto com a queda dos preços devido a restrições de importadores entre maio e junho, contribuiu para este ganho de competitividade do frango.
Cepea destaca que o momento de desequilíbrio entre oferta e demanda pode estar se normalizando, pois os agentes de mercado percebem uma maior capacidade de ajustar preços da carne de frango conforme a demanda aumenta.
Entre agosto e setembro, o preço do frango inteiro resfriado subiu 7,8%, enquanto o da carne suína cresceu 4,8% devido a maior consumo interno e exportações aquecidas, chegando a R$ 13,46 por quilo.
Além disso, a demanda no início de outubro continuou elevando os preços da carne de frango e do frango vivo em várias regiões acompanhadas pelo Cepea. Na Grande São Paulo, os valores para o frango inteiro congelado e resfriado subiram cerca de 2%, mantendo a tendência de alta desde setembro, mesmo em períodos normalmente mais fracos para consumo.
No mercado de pintainhos de corte, o preço unitário subiu 1,6% no início de outubro, sustentado pela oferta limitada e demanda firme, segundo informações coletadas pelo Cepea.