Atualmente, o Distrito Federal tem cerca de 59 mil motoristas de aplicativos e 10 empresas atuando nesse segmento, conforme dados da Secretaria de Transporte e Mobilidade (SEMOB-DF). Segundo a Portaria 261/2025, divulgada em setembro, os motoristas têm até o dia 17 de dezembro para colocar o adesivo com QR Code no carro. Esse código permite que passageiros e fiscais acessem as informações importantes sobre o motorista. Até agora, apenas 7 mil motoristas cumpriram essa regra, representando 10% do total, de acordo com o Subsecretário de Serviços da SEMOB, Walisson Perônico.
Walisson Perônico explicou que essa medida já foi adotada em Campinas, São Paulo, e recebeu boa aceitação da população. A iniciativa no Distrito Federal tem como principal objetivo combater o transporte irregular e dar mais transparência para o usuário.
O prazo para adesão está mantido até 17 de dezembro, e a expectativa é que 80% dos motoristas estejam regularizados até essa data. Caso necessário, o prazo pode ser aumentado. O adesivo deve ser colocado em um local visível do para-brisa para facilitar a fiscalização.
Sobre o transporte ilegal, Walisson comenta que a fiscalização é complicada porque os motoristas clandestinos desaparecem quando os policiais chegam e voltam a operar quando saem. O QR Code ajuda a identificar os motoristas oficiais e diferencia-los dos ilegais.
Walisson Perônico afirma que esse adesivo traz segurança e confiança para os passageiros e valoriza os motoristas que estão trabalhando legalmente.
Os motoristas ilegais, segundo a SEMOB, geralmente são pessoas que foram expulsas das plataformas ou que não apresentaram os documentos necessários, como certidões criminais.
Em casos de motoristas que usam mais de um aplicativo, o adesivo válido é do primeiro cadastro. Por exemplo, se o motorista se cadastrou inicialmente pela Uber e atualmente opera pela 99, o adesivo da Uber continua valendo, mesmo que ele possa usar outras plataformas normalmente.
Para conseguir o adesivo, os motoristas devem atualizar seus dados no Portal dos Condutores no site da SEMOB, enviar uma foto e solicitar a emissão do dístico na área de serviços do portal.
A opinião de quem usa o app todos os dias
Jair Almeida, que dirige para apps há nove anos, conta que já colocou o QR Code no seu carro e que o processo foi simples. Ele também tem ajudado outros motoristas a emitir o adesivo, compartilhando orientações e o link de acesso.
Jair percebe uma maior divulgação da campanha recentemente, mas acredita que a medida sozinha não vai eliminar o transporte pirata. Para isso, é necessária uma fiscalização mais rigorosa.
O taxista João dos Santos, com mais de 30 anos de experiência, não é afetado pela regra, mas apoia a iniciativa e acredita que o QR Code vai ajudar a frear o transporte ilegal no Distrito Federal. Ele destaca que a identificação facilita o trabalho dos fiscais e elogia a atitude do governo.
Algumas pessoas ainda não sabem da nova regra, como Cadu de Souza, residente em Brasília, que entende a importância do QR Code para que os passageiros possam se informar sobre o motorista e o veículo.

