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terça-feira, 21/10/2025

Poucas testemunhas comparecem em casos do golpe no STF

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Somente cinco das 29 testemunhas de defesa que estavam agendadas para prestar depoimento nesta quarta-feira (16) em processos relacionados a um suposto golpe no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro apareceram para depor.

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na segunda-feira (14) as audiências para ouvir testemunhas envolvidas nos processos que investigam os núcleos 2 e 4 dessa trama.

Dentre as testemunhas convocadas estavam políticos e militares, como os deputados licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, que são filhos do ex-presidente. Também estavam na lista os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE), além do ex-ministro Onyx Lorenzoni.

A maioria não compareceu por diferentes razões. Alguns tiveram seus pedidos de dispensa aceitos pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o relator dos processos. Outros foram dispensados por não terem ligação direta com os fatos investigados. Além disso, algumas dispensas foram feitas pelas defesas.

Uma ausência marcante foi a do delegado Fábio Shor, da Polícia Federal, que liderou as investigações e indiciou 34 pessoas, incluindo o próprio Bolsonaro.

Inicialmente, Moraes concordou em convocar o delegado para outra data por solicitação da defesa de Filipe Martins, ex-assessor do governo Bolsonaro, réu do núcleo 2. Entretanto, ao final da audiência, o ministro ressaltou que cabe aos advogados trazerem as testemunhas e indicou que não deve intimar Shor novamente.

Das 21 testemunhas previstas para depor pelo núcleo 2, apenas duas falaram: o senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil, e o general Gonçalves Dias, que era ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante os ataques ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023.

Esses depoentes não apresentaram informações novas e disseram não conhecer os réus nem ter ouvido falar de qualquer plano golpista.

Na mesma data, uma audiência foi conduzida pela juíza auxiliar Luciana Sorretino, na qual apenas três das oito testemunhas do núcleo 3 compareceram, incluindo o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Julio Valente.

Durante o depoimento, Valente esclareceu dúvidas e refutou informações falsas sobre o processo eleitoral e as urnas eletrônicas.

Os depoimentos das testemunhas do núcleo 4 foram finalizados nesta quarta-feira. As audiências dos núcleos 2 e 3 devem ser concluídas até 23 de julho. Após essa etapa, os réus de cada núcleo serão ouvidos, mas as datas ainda não foram definidas. Os réus são:

Núcleo 2

  • Filipe Martins (ex-assessor para assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro);
  • Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF);
  • Mário Fernandes (general do Exército);
  • Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal);
  • Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário adjunto de Segurança do Distrito Federal).

Núcleo 3

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército);
  • Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
  • Estevam Theophilo (general);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
  • Nilton Diniz Rodrigues (general);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (policial federal).

Núcleo 4

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel);
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

As informações são da Agência Brasil.

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