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segunda-feira, 15/09/2025

Postagens sobre morte de Charlie Kirk causam demissões nos EUA e no Brasil

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Várias pessoas, incluindo jornalistas, professores e bombeiros, foram desligadas de seus empregos recentemente nos Estados Unidos devido a comentários considerados inadequados após o assassinato do ativista conservador americano Charlie Kirk.

Charlie Kirk, influente ativista conservador e aliado próximo do ex-presidente americano Donald Trump, foi baleado no pescoço na última quarta-feira (10/9) durante um debate ao ar livre na Universidade Utah Valley.

Uma das demissões mais discutidas foi a do analista político Matthew Dowd, que perdeu seu cargo na emissora MSNBC após sugerir que o assassinato de Kirk foi resultado de seu discurso polarizador. Ele declarou na televisão: “Pensamentos odiosos levam a palavras odiosas, que por sua vez levam a ações odiosas”.

Outro caso relevante envolveu um agente do Serviço Secreto dos Estados Unidos, responsável pela proteção do presidente, que foi demitido após publicar nas redes sociais que Kirk “propagava ódio e racismo” em seu programa, e que “o carma é inevitável”.

Times da NFL, como o Carolina Panthers, e empresas como a Delta Air Lines também anunciaram a demissão de funcionários por declarações feitas nas redes sociais sobre a morte do ativista.

Na Flórida, um professor do ensino médio do Condado de Clay foi suspenso após fazer referência online a declarações de Kirk em 2023, quando ele afirmou que aceitar “algumas mortes em incêndios por ano” seria um preço aceitável para preservar o direito à posse de armas, garantido pela Segunda Emenda da Constituição dos EUA. O professor, com 37 anos de experiência, afirmou estar disposto a se sacrificar pelos filhos e não demonstrou pesar pela morte do ativista, dizendo que ele escolheu se sacrificar pelos direitos que deveriam ser protegidos e que o carma é severo.

De acordo com fontes locais, um bombeiro em Nova Orleans está sendo investigado após postar, e posteriormente apagar, um comentário que chamava o tiro fatal dado a Kirk de “um presente de Deus”.

A emissora CNN informou que a DC Comics cancelou a série de quadrinhos Red Hood após a autora Gretchen Felker-Martin expressar nas redes sociais uma mensagem controversa relacionada ao tiroteio contra Kirk.

Além dessas medidas, o Departamento de Estado dos EUA alertou que poderá revogar ou recusar vistos de estrangeiros que glorificarem ou zombarem do assassinato de Kirk em suas redes sociais.

O subsecretário de Estado, Christopher Landau, pediu que seguidores compartilhassem exemplos de postagens de estrangeiros ridicularizando Kirk, para subsidiar a revogação de vistos. Um dos atingidos foi o médico brasileiro Ricardo Jorge Vasconcelos Barbosa, do Recife, proibido de obter visto americano após uma postagem viral no Instagram onde fazia um comentário irônico sobre a morte do ativista.

A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) cancelou um evento com o historiador e escritor Eduardo Bueno, alegando compromisso com a liberdade de expressão, mas repudiando manifestações contrárias à vida e à dignidade humana, que não condizem com seus valores institucionais.

Em um vídeo no Instagram, Bueno expressou opiniões fortes sobre Kirk, chamando-o de sujeito repugnante, racista e homofóbico, além de criticar publicamente o ocorrido. Outros eventos envolvendo o historiador, incluindo uma participação em podcast, foram suspensos.

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