Bruno Silva, ativista de extrema-direita em Portugal, que ameaçou a jornalista brasileira Stefani Costa, teve a prisão preventiva decretada após audiência de custódia realizada na quinta-feira (23/10). Ele foi detido na terça-feira (21/10) pela Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária de Portugal.
O extremista de 30 anos, que se declarou “o maior racista de Portugal” e é membro do partido de extrema direita Chega, publicou várias mensagens racistas e xenofóbicas contra brasileiros. Em uma delas, oferecia 100 mil euros para quem cometesse um ataque contra a vida da jornalista: “Pago 100 mil euros a quem realizar um massacre e eliminar pelo menos 100 brasileiros em Portugal, com um bônus adicional de 100 mil euros a quem trouxer a cabeça de Stefani Costa“.
Stefani Costa comemorou a prisão nas redes sociais: “Notícia histórica. Bruno Silva continuará preso. É a primeira vez que alguém acusado de ameaças e discurso de ódio recebe essa medida. Jornalismo não é para covardes.”
Ela vem sofrendo ameaças desse indivíduo desde 2024.
Contexto do discurso de ódio
Os ataques contra Stefani acontecem em meio ao aumento de discursos de ódio contra brasileiros e imigrantes em Portugal. Nesta quinta-feira, entrou em vigor um conjunto de medidas que intensificam as políticas migratórias, incluindo a criação de uma nova unidade policial focada no combate à imigração ilegal e nas deportações.
Recentemente, houve outro episódio semelhante, onde um cidadão português ganhou atenção ao publicar um vídeo oferecendo 500 euros por “cada cabeça de brasileiro”. Na gravação, ele afirma que “qualquer português que entregar a cabeça de um brasileiro, seja legal ou ilegal, receberá 500 euros por cabeça, cortada rente ao pescoço.”