A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, ressaltou em uma publicação nesta terça-feira (23/9) um trecho da declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, referente ao Brasil e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
Em seu perfil oficial no X (antigo Twitter), Leavitt afirmou: “Trump alerta que o Brasil ‘fracassará’ sem a parceria dos EUA”, citando a fala de Trump na Assembleia e uma reportagem do portal norte-americano Newsmax sobre o discurso.
No pronunciamento, que trouxe elogios ao Lula e críticas ao Brasil, o republicano destacou que o país não conseguirá avançar sem cooperar com os Estados Unidos.
“O Brasil está indo mal e continuará indo mal. Eles só podem se sair bem quando trabalham conosco. Sem nós, eles fracassarão, assim como outros fracassaram. É verdade”, declarou o presidente americano.
Trump elogiou as tarifas aplicadas ao Brasil, mas também criticou ações do governo brasileiro relacionadas a censura, repressão, corrupção judicial e práticas comerciais injustas, associadas a um suposto ataque à soberania americana por administrações anteriores.
“O Brasil agora enfrenta tarifas significativas como resposta aos seus esforços inéditos para interferir nos direitos e liberdades dos cidadãos americanos”, afirmou Trump, destacando que a medida visa proteger os interesses econômicos e estratégicos dos EUA.
Encontro rápido e relação entre os líderes
Donald Trump mencionou um breve encontro com Lula nos corredores da ONU: “Eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos e nos abraçamos. Contudo, concordamos em conversar na próxima semana”, relatou o republicano.
Ele descreveu sua relação pessoal com o presidente brasileiro como positiva: “Ele parece uma pessoa muito agradável, eu gosto dele e ele gosta de mim. Gosto de fazer negócios com quem gosto. Quando não gosto, não gosto; mas tivemos esses 30 segundos, foi rápido, porém houve uma química excelente. Isso é um bom sinal.”
Tarifas e tensão diplomática
O Brasil enfrenta um aumento nas tarifas impostas pelos EUA, que chegaram a 50% sobre produtos brasileiros. Essa medida foi justificada como resposta a ações legais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Apesar das críticas, Trump indicou que o Brasil pode prosperar com uma cooperação mais próxima dos EUA: “Se o Brasil trabalhar conosco, prosperará; caso contrário, não prosperará”, concluiu o presidente americano.