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quarta-feira, 01/10/2025




Polônia rejeita pedido de Zelensky para bloquear navios russos no Báltico

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O presidente da Polônia, Karol Nawrocki, recusou na segunda-feira (30/9) a solicitação do líder ucraniano Volodymyr Zelensky para que os países fechem o Mar Báltico à passagem de petroleiros russos. A declaração foi proferida após o presidente ucraniano alegar que Moscou estaria utilizando estas embarcações como base para lançar drones contra nações da União Europeia.

“Embora a atividade russa na região seja motivo de preocupação, aguardamos uma avaliação das nossas forças armadas. Decisões desse tipo não são tomadas apenas com base nas declarações do presidente Zelensky“, afirmou Nawrocki.

No Fórum de Segurança de Varsóvia, realizado no domingo (29/9), Zelensky acusou a Rússia de usar navios petroleiros no Báltico para lançar drones contra países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Segundo ele, esses eventos são “uma prova adicional da necessidade de fechar o Mar Báltico e outras águas para petroleiros russos”.

Moscou rejeitou as acusações, classificando-as como “provocações” sem evidências. O Kremlin alertou que qualquer tentativa de restringir a navegação russa em águas internacionais será vista como uma agressão, que receberá uma resposta assertiva.

Ameaças de drones e a chamada “frota sombra”

Nas últimas semanas, países como Polônia, Estônia, Romênia e Dinamarca relataram violações aéreas por drones e aviões russos. Apesar da cautela de governos ocidentais diante da falta de provas concretas, Varsóvia foi uma das poucas capitais a afirmar com convicção que os drones russos violaram seu espaço aéreo.

Paralelamente, autoridades da União Europeia discutem ações para conter a denominada “frota sombra” russa — navios utilizados para evitar sanções sobre exportações de petróleo.

Há também debate sobre a criação de uma barreira de drones na fronteira leste da União Europeia, embora o Kremlin tenha criticado a proposta, chamando-a de “passo militarista e divisório”.

Pressão de Kiev sobre os aliados

Zelensky insiste em uma resposta unificada da Europa. Recentemente, destacou que a Otan e os Estados Unidos não podem se ausentar diante da crescente tensão.

“Não há sinal sem causa. Uma voz única deve reagir”, declarou ele.

Mesmo com o apelo da Ucrânia, a resposta da Polônia indica que medidas mais rígidas, como o bloqueio naval, enfrentam resistência entre os aliados, preocupados com o risco de agravar diretamente os conflitos com Moscou.




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