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sábado, 23/11/2024
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Policiais processam Trump por invasão ao Capitólio

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Um agente tem 17 anos de serviços ao Capitólio e diz que foi ferido na cabeça e nas costas e alvo de agressões racistas. O outro trabalha há 11 anos na sede do Congresso americano e diz que sofreu ferimentos nas mãos e joelhos e foi atingido com produtos químicos no rosto e no corpo.

Imagem do então presidente dos EUA, Donald Trump, em 12 de janeiro de 2021 — Foto: Carlos Barria/Reuters

Dois policiais do Capitólio dos Estados Unidos processaram Donald Trump e acusam o ex-presidente americano de ter incitado a violenta invasão ao Congresso em 6 de janeiro.

Um policial morreu e dezenas ficaram feridos no ataque. Além de Brian Sicknick, quatro invasores também morreram.

James Blassingame e Sidney Hemby, os policiais que apresentaram a ação em um tribunal federal em Washington na terça-feira (30), dizem ter sofrido “ferimentos físicos e psicológicos” nos confrontos.

Os insurgentes foram estimulados pelo comportamento de Trump, que ao longo de vários meses levou os seus seguidores a acreditar em sua falsa alegação de que estava prestes a ser retirado à força da Casa Branca por causa de uma grande fraude eleitoral“, afirmam os policiais no processo.

“A turba de insurgentes — que Trump inflamou, encorajou, estimulou, dirigiu e incitou — entrou à força e passou por cima dos demandantes e seus colegas, perseguindo-os e atacando-os”, aponta a ação.

Na ocasião, o então presidente estava em seus últimos dias na Casa Branca e se negava a reconhecer a vitória do seu oponente, Joe Biden. A invasão ocorreu após discurso de Trump e durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral (procedimento que deveria ser uma mera formalidade).

Extremistas pró-Trump invadem o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 — Foto: Reprodução/GloboNews
Extremistas pró-Trump invadem o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 — Foto: Reprodução/GloboNews
Policiais do Capitólio conversam com apoiadores de Trump durante a invasão ao Congresso americano — Foto: Manuel Balce Ceneta/AP
Policiais do Capitólio conversam com apoiadores de Trump durante a invasão ao Congresso americano — Foto: Manuel Balce Ceneta/AP.

Blassingame, um policial negro com 17 anos de serviços ao Capitólio, afirma que foi ferido na cabeça e nas costas e ainda sofre as sequelas psicológicas do ataque. Ele também diz que foi alvo de agressões racistas por parte dos seguidores do ex-presidente.

Hemby, que trabalha há 11 anos na sede do Congresso americano, diz que sofreu ferimentos nas mãos e joelhos depois de ser pressionado contra as portas do Capitólio. Ele também diz ter sido atingido com produtos químicos no rosto e no corpo durante o ataque.

Blassingame e Hemby pedem compensações de ao menos US$ 75 mil dólares cada um (cerca de R$ 430 milhões atualmente), assim como um valor não revelado por danos punitivos.

Pessoas deitam no chão e nas escadarias da galeria do Senado dos EUA no momento em que manifestantes invadiram o Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro — Foto: Andrew Harnik/AP
Pessoas deitam no chão e nas escadarias da galeria do Senado dos EUA no momento em que manifestantes invadiram o Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro — Foto: Andrew Harnik/AP.
Apoiadores de Trump ocupam a Rotunda do Capitólio — Foto: Saul Loeb/AFP
Apoiadores de Trump ocupam a Rotunda do Capitólio — Foto: Saul Loeb/AFP.

 

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