15.5 C
Brasília
sexta-feira, 22/08/2025

Polícia realiza buscas por ligação da irmã de Milei em esquema de propina

Brasília
céu limpo
15.5 ° C
15.5 °
15.5 °
51 %
0kmh
0 %
sáb
30 °
dom
30 °
seg
30 °
ter
30 °
qua
23 °

Em Brasília

A polícia de Buenos Aires executou 14 mandados de busca relacionados a um esquema de propina envolvendo pessoas próximas ao presidente Javier Milei, incluindo sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei.

As operações foram direcionadas à Agência Nacional de Deficiência (ANDIS) e à farmácia Suizo Argentina, com autorização do juiz federal Sebastián Casanello e a pedido do procurador Franco Picardi.

A investigação teve início a partir da divulgação de áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-diretor da ANDIS, que foi afastado recentemente. Nas gravações, ele descreve um suposto esquema de cobrança de propinas envolvendo aliados do presidente argentino.

Karina Milei é mencionada como uma figura central nesse esquema e, embora seja mais jovem que o irmão, sempre o apoiou.

A ANDIS é uma entidade governamental na Argentina responsável pela coordenação de políticas públicas para pessoas com deficiência.

Detalhes da Operação

As buscas ocorreram na sede da ANDIS, na farmácia Suizo Argentina e em residências ligadas, incluindo a do empresário Emmanuel Kovalivker, dono da farmácia. Foram apreendidos cerca de US$ 200 mil, computadores, documentos e contratos.

Também foram encontrados envelopes com grandes quantias em dólares em um veículo utilizado por Kovalivker.

Até o momento, não foram emitidos mandados de prisão. O foco do Ministério Público é coletar documentos e eletrônicos para verificar se existia um sistema organizado de cobrança de propina beneficiando membros do governo.

A Casa Rosada ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Investigados e Acusações

O processo foi aberto pelo advogado Gregorio Dalbón, representante da ex-presidente Cristina Kirchner. Além de Karina Milei, são investigados Javier Milei, Eduardo “Lule” Menem da Secretaria-Geral, Spagnuolo e Emmanuel Kovalivker.

O Ministério Público suspeita que eles possam estar envolvidos em um esquema de cobrança de propina relacionado a contratos de medicamentos. Os crimes investigados incluem corrupção passiva, fraude administrativa, associação ilícita e violação da Lei de Ética Pública.

Conteúdo dos Áudios

Nos áudios, Spagnuolo relata que fornecedores de medicamentos tinham que pagar 8% de propina sobre os contratos, parte dessa quantia seria destinada à Presidência. Ele menciona que Karina Milei receberia 3% e 1% seria usado para “operação”.

Ele afirma ter informado o presidente sobre o esquema, tentando pará-lo, e que não fazia parte da corrupção. Também diz possuir todas as mensagens de WhatsApp de Karina Milei. Embora Javier Milei não esteja diretamente envolvido, pessoas próximas a ele estariam.

Veja Também