Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) realizou uma operação que resultou no cumprimento de 15 mandados de prisão temporária, 24 mandados de busca e apreensão, além de mais de 150 medidas judiciais contra indivíduos suspeitos de criar boletos falsificados para pagamentos fraudulentos em agências lotéricas e bancos relacionados.
De acordo com as autoridades, o grupo criminoso teria provocado um prejuízo aproximado de R$ 500 mil ao sistema lotérico e às instituições financeiras envolvidas. A investigação foi iniciada há seis meses após uma agência lotérica em Anápolis sofrer uma tentativa de fraude eletrônica.
Os mandados foram cumpridos em cidades de Goiás, como Trindade, Goianira e Goiânia, e também em Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Conforme a PCGO, os suspeitos se comunicavam com funcionários das lotéricas por WhatsApp, fingindo ser os donos das agências. Utilizando fotos dos proprietários, informavam aos funcionários que um ‘amigo’ entraria em contato para enviar diversos boletos para pagamento, alegando que esse amigo já havia efetuado um pagamento via Pix.
Dessa maneira, o funcionário da lotérica realizava o pagamento dos boletos que eram compensados imediatamente, e os valores eram direcionados diretamente às contas dos criminosos, sendo rapidamente distribuídos entre os integrantes do grupo.
O delegado responsável pela investigação, Leonilson Pereira, destacou que três lotéricas em Anápolis foram afetadas pela fraude eletrônica, gerando um dano financeiro de R$ 500 mil. Ele ainda ressaltou que há evidências da atuação da organização criminosa em âmbito nacional.
A Polícia Civil explicou que a operação visa combater crimes relacionados a fraudes eletrônicas e associação criminosa.