Polícia Militar do Distrito Federal deteve nesta terça-feira (9/9) um homem, identificado como Lucas Ferreira Alves, de 22 anos, natural de Cabo Frio, Rio de Janeiro, suspeito de incendiar 26 banheiros químicos na Esplanada dos Ministérios, próxima ao Museu Nacional da República.
Lucas foi encaminhado para a 5ª Delegacia de Polícia, localizada na Asa Norte, onde prestará depoimento. O jovem já tinha passagem anterior por furto a comércio. Com ele, foram apreendidos um botijão de gás e um isqueiro.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal inicialmente afirmou que não havia imagens de pessoas próximas ao local no momento do incêndio, contudo câmeras do Ministério da Gestão e Inovação registraram Lucas no local, o que auxiliou na prisão.
O incêndio atingiu 26 banheiros químicos, que estavam alinhados para o desfile do 7 de setembro. O fogo foi rapidamente controlado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Segundo a empresa responsável, R8 Eventos, os banheiros seriam retirados na manhã seguinte e o prejuízo estimado supera R$ 100 mil.
Um funcionário da empresa relatou que os banheiros não costumam incendiar facilmente, levantando a hipótese de uso de algum acelerante, como gasolina.
A fumaça densa causada pelo fogo provocou surpresa e preocupação na região central de Brasília, levando ao isolamento da área afetada. As equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Comando Militar do Planalto e Polícia Civil realizaram a perícia para investigar o ocorrido.
O secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública lembrou que, apesar das câmeras não mostrarem pessoas próximas durante o incêndio, não se pode descartar que objetos tenham sido deixados anteriormente no local. O caso segue sob investigação.
Adicionalmente, um integrante do Centro de Inteligência do Supremo Tribunal Federal acompanhou a situação. Este acontecimento ocorre no terceiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por suposta tentativa de permanecer no poder de modo ilegal, conforme denúncia da Procuradoria Geral da República.