Uma das pessoas que morreu no ataque diante de uma sinagoga na cidade de Manchester, Inglaterra, provavelmente foi alvejada por policiais, informou a corporação nesta sexta-feira (3/10). Em nota, o chefe da polícia de Manchester, Stephen Watson, afirmou que o suspeito, Jihad Al Shamie, não portava armas.
“Os únicos disparos foram efetuados pelos Oficiais de Armas de Fogo Autorizados da Polícia da Grande Manchester enquanto tentavam evitar que o agressor entrasse na sinagoga e causasse mais danos à nossa comunidade judaica”, explicou.
“Assim, sujeito a mais exames forenses, este ferimento pode infelizmente ter sido uma consequência trágica e imprevista da ação necessária e imediata tomada pelos meus policiais para deter esse ataque cruel”, destacou Watson.
Ataque em frente à sinagoga
O incidente ocorreu na quinta-feira (2/10) em frente à Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation, localizada no bairro de Crumpsall, em Manchester. Um homem, identificado como Jihad Al Shamie, atropelou e esfaqueou pessoas que estavam próximas. Segundo as autoridades, o agressor avançou com um veículo contra pedestres e depois desceu para continuar o ataque.
O ataque coincidiu com o feriado judaico de Yom Kippur, o dia mais sagrado para a religião judaica, quando muitos fiéis frequentam sinagogas e fazem jejum.
Três indivíduos perderam a vida, entre eles o agressor.
Segunda vítima baleada
De acordo com o comunicado policial, um dos feridos, que está em tratamento hospitalar, também sofreu um ferimento por bala. As duas pessoas que se acredita terem sido atingidas por disparos estavam próximas às portas da sinagoga.
“Também fomos informados por profissionais de saúde de que uma das três pessoas atualmente em tratamento no hospital sofreu um ferimento a bala, que felizmente não representa risco à vida”, afirmou o chefe da polícia.
Visita ao local
Na manhã de sexta-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e sua esposa, Victoria Starmer, estiveram no local do ataque.
Nas redes sociais, Keir Starmer expressou choque com o acontecimento e disse ter retornado a Londres para “conduzir uma reunião de emergência”. Ele prometeu que o governo fará todo o possível para garantir a segurança da comunidade judaica.
Fora da Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation, pessoas depositaram flores e deixaram mensagens de solidariedade e apoio às vítimas e familiares.