A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando se Henay Rosa Gonçalves Amorim faleceu até duas horas antes de passar desacordada pela praça de pedágio na Nascentes das Gerais (MG). O incidente ocorreu no último domingo (14/12), após o namorado dela, o empresário Alison de Araújo Mesquita, de 43 anos, forjar um acidente de trânsito para encobrir o feminicídio.
“Acredito que ela possa estar morta até duas horas antes, mas é difícil precisar exatamente o horário exato após os eventos”, explicou o médico-legista Rodolfo Ribeiro.
A Polícia Civil requisitou um novo exame de necrópsia do corpo de Henay. Segundo o delegado João Marcos Ferreira, as investigações indicam que a mulher foi morta ao menos uma hora antes de passar pelo pedágio.
“Nas imagens, a mulher aparece completamente sem reação. Em um momento, ela se inclina para frente e com o braço esquerdo, ele a empurra para trás para tentar esconder que ela estivesse morta”, detalhou o delegado Ferreira.
O casal transitou pela praça de pedágio posicionados com Henay no banco do motorista e Alison no passageiro, porém era ele quem controlava o carro com os pés, fato que gerou suspeita na atendente do pedágio, que relatou à polícia que a mulher estava desacordada.
Após partir com o veículo, Alison, no banco do passageiro, manobrou o carro pela contramão e colidiu com um ônibus na MG-050. De acordo com sua versão, Henay teria despertado, ameaçado a ele e jogado o carro em direção ao ônibus. A morte de Henay foi confirmada no local.
Segundo perícia, é improvável que só a batida tenha causado a morte da mulher. Por isso, o caso está sendo tratado como possível homicídio, com indícios de feminicídio.
Alison foi preso na manhã da segunda-feira (15/12), durante o velório de Henay, em Divinópolis (MG). Ele admitiu o crime e foi detido.

