De acordo com a irmã, a recepcionista Thayane Borges, duas mulheres e dois homens abordaram ela e a criança por volta das 13h30. Um dos homens a segurou por trás, enquanto uma mulher puxava a menina para colocá-la em um carro, um Citroen C3 branco. Dentro do veículo, estava um homem na direção e a outra mulher, que saiu para abrir a porta.
Thayane disse ter identificado a mãe biológica da criança e o companheiro dela no grupo que levou a irmã. Ela afirmou que sua família tem a guarda da menina. “Meus pais estão totalmente desestruturados e desesperados”, contou. A recepcionista também relatou que fazia o percurso diariamente com a irmã: “Nunca me passou pela cabeça que algo assim pudesse acontecer”.
A irmã ainda afirmou ter tentado segurar o braço da criança durante a ação, mas não conseguiu evitar que ela fosse levada. A menina usava roupas de balé no momento: collant rosa, saia azul, meia-calça branca e sapato preto. Uma mulher em uma van teria tentado seguir os suspeitos, mas foi despistada quando eles trocaram de carro, deixando o C3 para entrar em uma Toyota Hilux prata.
Investigação
A polícia realizou diligências relacionadas ao caso durante toda a tarde desta terça-feira (29/10) desde o registro da ocorrência, segundo afirmou o delegado-chefe adjunto da 14ª DP, Bruno Dias, que cuida da investigação. “A gente ainda não cuida do caso como sequestro. Por enquanto, estamos analisando como subtração de incapaz, levando em consideração os fatos que foram comunicados”, explicou.
“Temos a informação de que a família conseguiu a guarda provisoriamente para fins de adoção no dia 21 de outubro”, comentou Dias. O delegado destacou ainda que, segundo a família adotiva, Thayssa é portadora de uma condição genética que requer o uso de medicação controlada diariamente. “Ela não estava com os medicamentos no momento do ocorrido e, por isso, a família está muito preocupada”, completou.
Os próximos passos da investigação incluem localizar a menina e ouvir as partes envolvidas. “Não temos a versão das outras partes apontadas como suspeitas. Precisamos localizar essas pessoas para poder ouvir o lado deles.”