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quinta-feira, 28/08/2025

Polícia investiga caso de racismo contra menina de 9 anos em rodoviária do Rio de Janeiro

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A Polícia Civil está apurando um incidente de racismo envolvendo uma menina de 9 anos na Rodoviária Novo Rio, localizada no Rio de Janeiro. Conforme relatado por sua mãe, a microempreendedora e estudante de direito Tainá Rosa, 38 anos, a criança foi chamada de “macaca” por uma mulher dentro do banheiro do terminal na última segunda-feira (25/8).

Tainá contou em suas redes sociais que, ao sair do banheiro para lavar o rosto, sua filha foi seguida pela mulher que a chamou pelo termo ofensivo três vezes, deixando a criança bastante abalada.

Ela relatou ainda que tentou buscar ajuda imediatamente, mas os seguranças no local não tomaram providências. Depois de ligar para a Polícia Militar e aguardar por mais de 30 minutos, a mãe conseguiu segurar a suspeita até a chegada de uma viatura, embora o atendimento não tenha sido ideal.

A mãe criticou o fato de que o procedimento correto não foi cumprido, ressaltando que o racismo é um crime inafiançável e que a filha deveria ter sido ouvida em uma delegacia especializada, o que não ocorreu.

Além disso, Tainá mencionou dificuldades para conseguir registrar o boletim de ocorrência, com um policial afirmando que o testemunho delas já era suficiente para caracterizar o crime, mas que a acusada acabou liberada.

O caso está registrado na 4ª Delegacia de Polícia. Em resposta, a administração da Rodoviária do Rio esclareceu que os sanitários são gerenciados internamente pela empresa Coderte, desde abril de 2020. A empresa expressou seu repúdio a qualquer forma de preconceito e informou que o vigilante do terminal, que é negro, orientou a mãe a chamar a polícia, ação que foi realizada.

A Rodoviária informou que a Polícia Militar conduziu as partes envolvidas até a delegacia para os procedimentos legais. Porém, segundo a delegacia, não houve tipificação do crime de racismo por falta de provas suficientes, resultando na liberação da suspeita.

Em nota, a empresa reiterou sua postura contra o preconceito e destacou que a acusada é também mulher negra, o que evidencia a complexidade do caso. A Rodoviária do Rio afirmou que continua à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário e que não pode ser responsabilizada pelo ocorrido, que não envolveu diretamente seus funcionários.

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