Caso ocorreu em 6 de abril. Suspeito é pai de outro estudante; ele foi à unidade perguntar sobre briga envolvendo filho, mas se confundiu e acabou atacando menino que não tinha relação com confusão.
A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou, por lesão corporal, o homem que agrediu um aluno de 9 anos dentro da Escola Classe 12, em Sobradinho, no Distrito Federal. O caso ocorreu em 6 de abril.
Segundo as investigações, o suspeito é pai de outro estudante. No dia da agressão, ele tinha ido à escola questionar a direção sobre uma briga envolvendo o filho, no dia anterior. Antes de ir embora, ele foi na sala de aula e atacou a vítima.
A polícia afirma que o menino não tinha nada a ver com a confusão, mas foi confundido pelo suspeito. O homem pegou a criança pelo colarinho e fez ameaças. Segundo o delegado Hudson Maldonado, da 13ª Delegacia de Polícia, em Sobradinho, o menino não sofreu lesões físicas, mas ficou traumatizado.
“A vítima apresentou comportamento estranho. Apresentava-se extremamente triste, desconfiada com qualquer outro adulto, não queria ficar sozinha na companhia de outro adulto. E também não queria ir à escola”, afirma o delegado.
“Esse trauma psíquico, para nós, revela também uma lesão corporal, embora não tenha havido lesões físicas, há entendimento de que o trauma psíquico também merece amparo.”
Dia do ataque
Após o caso, a diretora da escola, Geane Pereira, disse à TV Globo que atendeu o homem, que estava acompanhado da esposa. Mas, após a conversa, o pai foi à sala de aula onde estava o filho e agrediu um menino com quem ele brincava, de 9 anos, “pensando que era a criança da briga do dia anterior”.
A mãe do aluno agredido foi chamada à escola e foi com a diretora para a delegacia, registrar ocorrência. No dia, o homem se apresentou na DP e foi liberado. Segundo a corporação, ele já estava em prisão domiciliar por tráfico de drogas.
Maiara Silva das Neves é mãe do aluno que foi agredido, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução
No dia seguinte ao ataque, a mãe do menino, a recepcionista Maiara Silva das Neves, pediu apuração do caso.
“A gente se sente muito impotente, mas espera pela Justiça. A escola é o lugar que a gente acha que o nosso filho está mais seguro”, disse.
(G1)