Agentes apreenderam materiais usados na fabricação de explosivos artesanais e celular do investigado. Artefato foi encontrado horas antes de prova; ‘Intenção era criar tumulto’, disse Unip.
A Polícia Civil realizou buscas, na manhã dessa quarta-feira (2), em endereços ligados a um estudante suspeito de instalar uma bomba no banheiro masculino de uma faculdade particular na Asa Sul, em Brasília. Segundo a Universidade Paulista (Unip), o explosivo foi colocado “com a intenção de criar tumulto” no prédio em que ocorreria uma prova prática do curso de fisioterapia.
Nas casas do suspeito, em Ceilândia e Samambaia, os agentes apreenderam materiais de metalurgia, usado na fabricação de artefatos explosivos artesanais do tipo “metalon” que, segundo a polícia, é o mesmo usado em bombas para explodir caixas eletrônicos.
Durante a operação, a Polícia Civil também apreendeu o celular do suspeito. Além disso, o estudante foi levado para delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso.
A bomba foi deixada no banheiro no dia 23 de abril, por volta das 13h30. Equipes da Esquadrão de Bombas do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) isolaram a área e usaram um robô para detonar o artefato composto por tubos de metais e pólvora. Ninguém se feriu.
À época, o laudo da perícia constatou que se tratava de artefato explosivo, sendo considerado “eficiente e apto para produzir uma explosão e seus efeitos associados”. Já a universidade disse que o artefato “não continha um detonador” e que “não iria explodir” (leia nota mais abaixo).
Os peritos também entenderam que o material trazia risco à integridade física e ao patrimônio, já que, em caso de explosão, causaria danos a objetos, além de ondas de pressão, calor e de choque no local, com “efeitos análogos aos da dinamite“.
Leia íntegra da nota da universidade:
“Em 23 de abril de 2021, no campus da UNIP, em Brasília, estava programada para as 14 horas uma avaliação prática com os alunos do curso de Fisioterapia. Provavelmente com intenção de criar tumulto, alguém colocou um artefato no mesmo prédio em que ocorreria a avaliação.
O artefato foi identificado por volta das 13h30, por um colaborador, e o local foi imediatamente isolado. Foram transferidos alunos, professores e colaboradores para outro prédio, dentro do campus, distante do local original. E a atividade programada foi realizada normalmente.