Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) interromperam uma festa que homenageava a família do miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. O evento foi realizado no domingo (19/10) em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Sete suspeitos armados foram detidos durante a operação, que contou com o suporte da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).
Os policiais foram ao local após receberem informações sobre uma faixa exibida numa praça com os rostos e nomes de três milicianos mortos pela Polícia Civil, todos integrantes da família Braga, grupo tradicional na milícia do Rio de Janeiro.
Na chegada, os agentes identificaram que se tratava de uma comemoração em honra aos criminosos, com brinquedos, som e decorações. Seis suspeitos foram apontados, incluindo aqueles que colocaram a faixa.
Durante a ação, foram apreendidos seis fuzis e quatro pistolas, além de dois carros recuperados, que tinham sido roubados.
Histórico da Família Braga
Carlos Alexandre da Silva Braga, apelidado de “Carlinhos Três Pontes”, liderava a milícia na Zona Oeste até 2017, quando foi morto numa operação conjunta do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Seu irmão, Wellington da Silva Braga, conhecido como “Ecko”, assumiu o comando até ser neutralizado em 2021 por equipes do DGPE e da Draco.
A partir de 2021, Zinho, o terceiro irmão Braga, passou a liderar o grupo, colocando seu sobrinho Matheus da Silva Rezende, o “Faustão”, como um de seus homens de confiança.
Após uma ação da Polícia Civil que resultou na morte de Faustão em 2023, Zinho viu o cerco se fechar e acabou decidindo se entregar às autoridades.