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sexta-feira, 22/11/2024
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Polícia do Rio nega que Witzel interfira nas investigações sobre Marielle

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Em comunicado oficial, corporação se defende das declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro de que o governador do Rio de Janeiro conduz o inquérito que apura a morte da vereadora

(foto: Mauro Pimentel/AFP)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro publicou uma nota oficial, nesta quarta-feira (30/10), para se defender das declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro de que o governador do estado, Wilson Witzel (PSC), participa das investigações sobre as mortes da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes.

No comunicado, a corporação destaca que “é uma instituição de estado, não de governo, com 211 anos de serviços prestados à sociedade fluminense”. “Todas as investigações são conduzidas com absoluta imparcialidade, técnica e observância à legislação em vigor”, diz um trecho do texto.

Além disso, a polícia garante que “o governador Wilson Witzel não interfere na apuração dos homicídios de Marielle e Anderson nem teve acesso aos documentos do procedimento investigativo, assim como em quaisquer outras investigações”.

“A Polícia Civil reafirma que a investigação desse caso é conduzida com sigilo, isenção e rigor técnico pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), sempre em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro”, frisa a nota oficial.

Desde terça-feira (29/10) — quando o Jornal Nacional publicou reportagem revelando que um porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, onde Bolsonaro tem casa, mencionou o nome do presidente em depoimento à polícia —, o chefe do Palácio do Planalto tem acusado o governador do Rio de Janeiro de interferir no inquérito que apura as mortes “pra tentar me incriminar ou pelo menos manchar o meu nome com essa falsa acusação”.

De acordo com o depoimento do porteiro, Élcio de Queiroz, um dos suspeitos da morte de Marielle, que se reuniu com o ex-policial Ronnie Lessa, outro acusado do crime, em 14 de março de 2018, teria alegado no momento de entrar no condomínio que iria até a casa do presidente — naquele dia, Bolsonaro estava na Câmara dos Deputados.

Segundo o relato do funcionário do condomínio, depois que Élcio se identificou na portaria, ele ligou para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar. Disse também que identificou a voz de quem atendeu como sendo a do “seu Jair”.

Bolsonaro reage

Nesta quarta-feira (30/10), Bolsonaro comentou em Riade (Arábia Saudita) que a fala do porteiro pode ter sido modificada. “O porteiro ou se equivocou, ou não leu o que assinou. Pode o delegado ter feito… tomado a termo… escrito o que bem entendeu ali, e o porteiro, uma pessoa humilde, né, acabou assinando embaixo. Isso pode ter acontecido”, comentou o presidente.

Bolsonaro ainda criticou a TV Globo por divulgar o conteúdo, visto que as investigações deste caso estão sob segredo de justiça. “A Globo quer destruir Jair Bolsonaro, que acabou com a mamata da TV Globo de faturar bilhões por ano com propaganda oficial do governo”, ponderou.

“Primeiro, a TV Globo teve acesso a um processo que tá em segredo de justiça. Ponto final. A Globo diz que teve acesso à papeleta que diz lá do horário que as pessoas entraram no condomínio. Mentira da Globo. Teve acesso ao processo. Isso está dentro do processo. Resolveram se resguardar dizendo que teve acesso à planilha apenas. Ou seja, não é de hoje que o sistema Globo me persegue, persegue a minha família, persegue aqueles que tão do meu lado. É isso que vem acontecendo”, esbravejou o presidente.

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